Direção do Clériston diz que infecção está controlada e anuncia contratações

A direção do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) admitiu a existência de alto nível de infecção hospitalar, que levou ao isolamento de pacientes e solicitação de suspensão temporária dos estágios, mas garante que a situação está controlada. A denúncia foi feita na Câmara Municipal, na sessão de ontem (02), pelo vereador Reinaldo Miranda (Ronny). Ele apresentou documentos internos da unidade hospitalar para comprovar as informações.

Em nota de esclarecimento, o hospital elimina a possibilidade de surto de microorganismos e informa que já foi adquirido um aparelho de analisador automático de microbiologia e que estão sendo adotadas medidas de intervenção para conter a disseminação desses microorganismos. É o único equipamento do gênero em toda região, o que pode colocar o HGCA em posição de referência no controle de infecção hospitalar.

Sobre a denúncia da ausência de preceptores no setor de Residência Médica, a direção do hospital nega a redução do quadro. O que houve, segundo a nota, foi o aumento da demanda, em virtude da ampliação do bloco operatório, que passou de cinco para dez salas cirúrgicas. “Já está sendo providenciada a contratação de novos preceptores de cirurgia”, diz a nota, justificando que o processo requer autorização da Procuradoria Geral do Estado.

O vereador Ronny exibiu no plenário cópia de um comunicado de 31 de setembro, assinado pela supervisora de Residência Médica em Cirurgia Geral, Thereza Christina Valois Montarroyos, que classifica a situação como “caótica”, devido à superpopulação de pacientes nas enfermarias de cirurgia geral e à falta de preceptores. Outro documento, datado de 11 de novembro, assinado pela enfermeira Valdênia Bittencourt Silva, coordenadora da UTI Adulto, sugere a suspensão dos estágios.
 

Madalena de Jesus com informações do repórter Ney Silva