Comissão da Câmara adia mais uma vez votação de proposta que proíbe união civil homoafetiva Comissão da Câmara adia mais uma vez votação de proposta que proíbe união civil homoafetiva Comissão da Câmara adia mais uma vez votação de proposta que proíbe união civil homoafetiva Comissão da Câmara adia mais uma vez votação de proposta que proíbe união civil homoafetiva
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Após mais de cinco horas de discussão, o colegiado da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta quarta-feira (27), adiar a votação da proposta que derruba o direito ao casamento civil homoafetivo. A data estabelecida pelo presidente da comissão, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), para a retomada do debate foi 10 de outubro.

Relator da matéria, o deputado Pastor Eurico (PL-PE), pediu mais tempo para analisar sugestões e votos dos colegas. “Gostaria de pedir que nos desse mais um tempo, em respeito aos que honrosamente falaram aqui e até aos que nos desrespeitaram, para provar que não há retaliação e não estamos aqui para impor nada”, disse o parlamentar.

Em seu parecer, Eurico defende a aprovação do Projeto de Lei 5167/09, segundo o qual nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode ser equiparada ao casamento ou a entidade familiar. Caso vigore o projeto, a população LGBT+ poderia perder direitos civis garantidos desde 2011 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo de pensão e herança.

A proposta é alvo de divergências há diversas semanas. Os contrários ao texto afirmam se tratar de um projeto inconstitucional. A deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) apontou que o projeto muda uma lei com o objetivo de derrubar uma interpretação constitucional. “Isso não existe, é uma proibição para o casamento”, disse, lembrando que existem no mundo hoje várias configurações familiares heterossexuais e homoafetivas. “Esta Casa foi feita para garantir direitos e não para retirar direitos”, pontuou.

O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) destacou que os argumentos morais usados para defender são os mesmos utilizados no passado para retirar direitos. “O relator usa pressupostos que já foram utilizados para proibir o voto de mulheres, para escravizar o povo negro e para perseguir judeus. É um argumento moral abstrato que relega a um grupo o status de sub-humanidade”, criticou.

Por outro lado, para a deputada Priscila Costa (PL-CE), o STF legislou no lugar do Parlamento e isso é antidemocrático. Segundo ela, ao legislar sobre o assunto, o Parlamento está protegendo direitos individuais. “Nós estamos tratando de um assunto que foi de maneira arbitrária, legislado, de maneira irregular, por um poder que não tem o poder de legislar, que é o STF”, alegou.

O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) argumenta que a Constituição reconhece apenas a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar e, para isso ser mudado, o Congresso teria que alterar o texto constitucional. “Qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivo representa afronta direta à liberdade do texto constitucional”, apontou.
Com informações da Agência Câmara de Notícias.

Fonte: Bahia.ba

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Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

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