Acusado de racismo, deputado pode ser afastado do Conselho de Ética

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL), pode ser afastado do Conselho de Ética. Gayer afirmou que países da África vivem uma “ditadura” porque a democracia não consegue prosperar. E ainda acusou os africanos e os brasileiros de serem burros.

De acordo com uma reportagem do Metrópoles, a deputada Duda Salabert (PDT-MG) anunciou que irá levar o colega ao Conselho de Ética e afirmou que ele deve ter o seu mandato cassado. A deputada mineira ainda defendeu a prisão de Gayer e afirmou que o PDT deverá representar contra o deputado goiano. Acontece que o parlamentar foi indicado pelo seu partido, o PL, para uma das vagas do Conselho de Ética. Ele é suplente, mas pode usar a palavra, discursar, interrogar depoente e até votar no caso de ausência de um titular.

O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara prevê, num dos parágrafos de seu artigo 7º, a possibilidade de afastamento de algum de seus integrantes caso seja alvo de representação no conselho. Ele ficará ausente do conselho até o julgamento final de seu caso. A frase dita pelo parlamentar, que provocou reação da oposição e publicada pelo Metrópoles, é a seguinte: “Democracia não prospera na África. Para você ter uma democracia, você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender entre o bom e o ruim, o certo e o errado. Tentaram fazer democracia na África várias vezes, mas o ditador tomou tudo. O Brasil está desse jeito” – disse Gayer.

No começo do mês, em uma postagem nas redes sociais, o parlamentar associou a votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Nordeste nas eleições do ano passado às taxas de analfabetismo no país.

Fonte: Bahia.Ba

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