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Custo Copa e Olimpíada: Contas do Estado do Rio têm o maior deficit do país

O Rio nem sequer está poupando: está se endividando mais para bancar seus gastos rotineiros e as obras públicas.

08/12/2013 às 17h46, Por Kaio Vinícius

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De janeiro a outubro, as despesas com pessoal, custeio administrativo e investimentos superaram as receitas em R$ 1,3 bilhão. O governo federal e a grande maioria dos Estados estão poupando menos neste ano para o abatimento da dívida pública. O Rio nem sequer está poupando: está se endividando mais para  bancar seus gastos rotineiros e as obras públicas. Entre essas obras se destacam a nova versão do estádio do Maracanã, que estreou na Copa das Confederações deste ano, e a Linha 4 do metrô, programada para operar às vésperas da Olimpíada.As contas do Estado mostram um forte aumento dos investimentos, de R$ 3 bilhões, nos primeiros dez meses de 2012, para R$ R$ 4,1 bilhões, no período correspondente de 2013. Na mesma base de comparação, as despesas com infraestrutura urbana em esporte, nas quais se destaca o Maracanã, aumentaram de R$ 200 milhões para R$ 476 milhões. Os gastos com transportes coletivos, que incluem a Linha 4, saltaram de R$ 660 milhões para R$ 2 bilhões. A Secretaria da Fazenda do Rio argumenta que a expansão dos investimentos é puxada por obras inadiáveis, voltadas para eventos com data marcada. Em geral, um rombo orçamentário provocado por investimentos é menos preocupante do que um resultante da expansão de despesas permanentes, como salários de servidores. Mas as contas do Rio mostram outros sinais de fragilidade, como a queda das receitas de R$ 45 bilhões, em 2012, para R$ 44,6 bilhões neste ano, sempre considerado o período de janeiro a outubro. Segundo o Estado, a causa principal é a redução das contas de luz promovida pelo governo federal em janeiro, que deprimiu a arrecadação do ICMS, como o blog noticiou ontem. A Secretaria da Fazenda diz que as contas do Rio podem fechar o ano no azul com um esforço neste último bimestre. O ano passado fechou com deficit de R$ 909 milhões _e havia superavit de R$ 1,4 bilhão até outubro. As despesas tendem a crescer com as eleições do próximo ano. O governador Sérgio Cabral (PMDB) tenta eleger o vice, Luiz Fernando Pezão. As informações são do Folha.

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