Cras promove semana de atividades sobre violência sexual contra crianças e adolescentes

^{Laiane Cruz}

O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Queimadinha, em Feira de Santana, vai promover entre os dias 11 e 13 de maio, uma semana de atividades em prol do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes, que é comemorado no dia 18 de maio.

De acordo com a coordenadora do centro, Joalice de Souza Vieira, serão realizadas palestras e rodas de conversas, das 9h ao meio-dia. O objetivo, segundo ela, é buscar aproximar mais a comunidade ao Cras.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O Cras da Queimadinha vem nessa semana promover palestras, atendimentos, orientações. Vamos fazer um varal solidário para atrair as famílias da comunidade. Vamos oferecer lanche e uma apresentação musical, para estar mobilizando e conscientizando as famílias, no tocante ao combate contra a violência sexual contra a criança e o adolescente. A nossa comunidade precisa entender que existe um espaço que é o Centro de Referência de Assistência Social, onde ela pode vir, confiar e muitas vezes, sim, denunciar. A gente sabe que existe o Disque 100, onde ela pode fazer a denúncia anônima, e é dessa forma que vamos estar trabalhando em prol desse combate”, afirmou.

Segundo a coordenadora, os números estão cada vez maiores, e com a pandemia houve um aumento na violência doméstica.

“A gente precisa entender que as nossas crianças e adolescentes são de nossa responsabilidade. Temos condições, sim, de estar atentos e promovendo formas e oportunidades para essas famílias serem atendidas, ajudadas, encaminhadas para os Creas, que trabalham contra esse tipo de violação de direito.”

Ela destacou ainda a importância dos pais ou responsáveis estarem atentos para a violência sexual que é promovida na internet.

“Cada manhã vamos realizar uma roda de conversa com profissionais especializados na área, como a profissional do Creas Ruth Gusmão, que vai trazer a questão do combate a exploração e a violação de direitos sexuais na internet, na rede social, que a gente não imagina o quanto isso acontece. A rede social promove e muitas vezes não estamos atentos, achamos que nossos filhos estão dentro de casa e estão protegidos. Mas, às vezes não, pois a violência sexual acontece em silêncio, é aquela imagem do fundo da fechadura. Isso é sério, porque a criança não diz, não conta. Então a gente precisa estar atento, e nesse espaço a gente vai poder ajudar, orientar, pra que essas famílias possam sentir que o Cras é um espaço de confiança, de acolhimento, amor e carinho.”

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.