Bahia

Construção do Canal do Sertão Baiano irá atrair projetos, turismo e lazer para Feira, diz ambientalista

O Canal do Sertão Baiano vai contar com investimentos totais de R$ 4,62 bilhões e servirá para garantir o abastecimento de água para consumo humano, industrial e de animais em 44 cidades do interior da Bahia.

16/03/2022 às 10h02, Por Gabriel Gonçalves

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Atualizada em: 15h54

 

Laiane Cruz

No dia 22 de fevereiro, o Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), assinou a ordem de serviço para execução do Projeto Básico do Canal do Sertão Baiano e sua interligação com o Perímetro de irrigação Salitre.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o investimento do governo federal no projeto será de R$ 12,6 milhões, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Rio São Francisco e Parnaíba (Codevasf), instituição vinculada ao MDR.

O Canal do Sertão Baiano vai contar com investimentos totais de R$ 4,62 bilhões e servirá para garantir o abastecimento de água para consumo humano, industrial e de animais em 44 cidades do interior da Bahia, além de permitir o desenvolvimento de cadeias produtivas como a da mineração e a agrícola. O empreendimento também servirá para o suprimento hídrico das bacias hidrográficas do Salitre, Tourão/Poções, Itapicuru e Jacuípe.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o chefe de educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Feira de Santana, João Dias, comemorou a execução do projeto, que segundo ele irá beneficiar três distritos do município com água proveniente do Rio São Francisco.

“Em Feira de Santana, três distritos serão beneficiados com a água do São Francisco, que são o distrito de Jaguara, o de Maria Quitéria e Governador João Durval Carneiro – Ipuaçu. Entre 2013 e 2015, eu mesmo registrei em Jaguara vários animais mortos por conta da seca, então com a perenização do Rio Jacuípe nós teremos a chance de acabar com a seca em parte desses três distritos e isso vai proporcionar projetos de irrigação na Bacia do Rio Jacuípe, em Feira de Santana, além de projetos de piscicultura, pesca esportiva, turismo e lazer. É sem sombra de dúvidas uma das maiores obras que será iniciada no governo Bolsonaro”, destacou o ambientalista.

Ele pontuou que a água da Bacia Hidrográfica do São Francisco irá alimentar as bacias intermitentes no interior do semiárido.

“Foram contemplados os estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas com o eixo leste e o eixo norte. Agora, nós estamos cobrando a questão da construção do eixo sul, que sai da Bacia do Salitre, lá no lago do Sobradinho e vem até São José do Jacuípe, há 160 quilômetros de Feira de Santana. E nesse percurso a água vai descer pelo próprio leito do Rio Jacuípe. Vai sair lá da Bacia do Salitre 57 metros cúbicos de água por segundo e vai chegar em São José do Jacuípe 7 metros cúbicos por segundo. O projeto foi baseado no balanço hídrico do rio São Francisco e hoje tem uma vazão média de 2.942 metros cúbicos por segundo, e desses 2.942 nós só vamos tirar 57 metros cúbicos por segundo, então tem água à vontade. Depois de Pedra do Cavalo, esse é o projeto mais caro e mais importante da história da Bahia”, ressaltou João Dias.

 

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade e do Ministério do Desenvolvimento Rural

 

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