Feira de Santana
Comerciantes do Shopping Popular voltam a se queixar de baixas vendas e pouco movimento em janeiro
De acordo com Manoel Costa, proprietário de uma loja de acessórios, a situação está péssima, e as vendas estão zeradas.
17/01/2022 às 11h56, Por Laiane Cruz
Laiane Cruz
Passado o período de festas de Natal e Ano Novo, em que o movimento deu uma leve melhorada no Shopping Popular Cidade das Compras, os permissionários do entreposto comercial voltaram a amargar as baixas vendas de antes, sobretudo por se tratar do mês de janeiro.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Segundo alguns comerciantes, nem mesmo a instalação de um ponto para vans do transporte intermunicipal, contribuiu para o aumento de consumidores no local.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
De acordo com Manoel Costa, proprietário de uma loja de acessórios, a situação está péssima, e as vendas estão zeradas.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
“O Natal foi bom para confecções. E o movimento com a vinda das vans não melhorou. Existe ainda uma reforma dessa praça, para se fazer uma concha acústica, que é a Praça do Tropeiro. Estamos sofrendo, porque muitos projetos que nos prometeram não foram feitos. E não há movimento. Aqui se a gente fica de graça ainda passa fome. No projeto da prefeitura, foi prometida uma base da Polícia Militar, que não foi cumprida, por isso as lotéricas não vieram, também uma base da Guarda Municipal, prometeram bancos, além da reforma da praça, a reforma da escada rolante.Tiveram dias que eu vendi 15 reais, que é só o dinheiro de uma placa de ovos”, relatou o comerciante.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Segundo ele, era a favor da retirada dos ambulantes das ruas do centro comercial, mas não da forma como foi feita. “A prefeitura se precipitou em nos tirar da rua. Eu sou a favor da retirada, mas a forma como foi feita foi errado. Mais de 70% de obras inacabadas aqui dentro.”
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
A lojista Lurdes Oliviera também concorda que o movimento está ruim. “Quando eu vendo, é muito pouco. O mês de dezembro eu vendi apenas R$ 120 reais, entre Natal e Ano Novo. Infelizmente, meus filhos que estão pagando as taxas ao consórcio. Tenho quatro filhos e cada um dá uma parte para eu pagar a taxa, porque eu mesma não tenho condições de pagar e não tiro daqui nem para comer. Eu trago comida e água de casa”, afirmou.
Ela disse que, mesmo com a mudança do ponto das vans para as proximidades do local, a situação não melhorou, porque os carros quando descem já vêm vazios, após terem deixado os usuários em outros locais. “Pra melhorar a situação daqui tem que melhorar essa Praça do Tropeiro, trazer os pontos de ônibus, de vans dos distritos todos para cá. Por enquanto, nada infelizmente. Eu nunca atrasei as taxas porque meus filhos não deixam, mas quando o pessoal aqui atrasa a luz é cortada”, destacou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
A comerciante Soane Cerqueira Lopes lembrou que a falta de estrutura do local é algo que já vem sendo debatido há muito tempo. E não mudou muita coisa.
“Apesar de que botaram uns pontos de vans ali na frente, mas para a gente, principalmente do meio para o final, não surtiu efeito nenhum e a gente continua sem movimento. Ainda a situação está agravando, porque a administração do shopping está querendo que a gente pague os meses de outubro, novembro e dezembro, pois veio cobrando o aluguel, e ainda está cortando a energia de algumas pessoas por falta de pagamento.”
Para ela, essa situação vem se arrastando sem solução definitiva. “Aqui para uma boa parte das pessoas nem dezembro teve movimento. Essa é uma questão que está se arrastando e infelizmente uma solução definitiva a gente não tem. Eu não sei o que falta para o povo vir aqui. A população não gosta de vir aqui. Aqui as pessoas vêm ao centro para comprar comida, na Ceasa, não vem para fazer outras coisas.”
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Outra comerciante, que se identificou como Ivani, reclamou que a instalação do ponto de vans não melhorou em nada o movimento, pois nenhum passageiro desce no local. “Por enquanto, estou aqui, devendo três meses de R$ 580. Eu não tenho para pagar. Não estou vendendo nada. Trabalho com confecção infantil e feminina, mas passo o dia todo aqui sentada, jogando conversa fora”, lamentou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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