Feira de Santana
Com redução das internações por covid-19, leitos são desmobilizados no Hospital de Campanha
O secretário de saúde explicou que o que está ocorrendo no Hospital de Campanha é a desmobilização dos leitos, e não a desativação.
04/08/2021 às 10h29, Por Rachel Pinto
Laiane Cruz
O Secretário de Saúde de Feira de Santana, Marcelo Brito, informou nesta terça-feira (3) que a secretaria desmobilizou 8 dos 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 14 dos 44 leitos clínicos do Hospital de Campanha, destinados exclusivamente ao tratamento de pessoas com covid-19 no município.
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele informou que a decisão foi motivada pela redução do número de internações nas últimas semanas, de pacientes infectados com a doença.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Por volta das 9h da manhã de terça-feira (3), nós estávamos com 50% dos leitos de UTI ocupados. Tínhamos 18 leitos, mas já desmobilizamos oito, e agora estamos com 10. Estavam ocupados apenas cinco leitos. Com relação aos leitos clínicos, nós tínhamos 44 e 14 deles já foram desmobilizados, ficamos com 30, e desses, nós só tínhamos dez ocupados, ou seja, nós estávamos com 33% de taxa de ocupação em leito clínico”, afirmou.
Ele informou que no Hospital Dom Pedro, havia também 50% de ocupação dos leitos, que são apenas de UTI na unidade. Para o secretário Marcelo Brito, a redução significativa do número de pacientes internados pela covid-19, se deve ao efeito da vacinação, que está sendo cada dia mais efetiva.
Desmobilização x desativação
O secretário de saúde explicou que o que está ocorrendo no Hospital de Campanha é a desmobilização dos leitos e não a desativação, uma vez que o combate à pandemia ainda não terminou e esses leitos podem novamente ser utilizados.
“Nós chamamos de desmobilização. Desativação é quando a gente encerra e acabam os leitos. Os leitos continuam lá, mas nesse momento nós não temos equipe para operá-los, pois não precisamos manter essas equipes, já que os leitos estavam desocupados, mas podem ser reativados a qualquer momento. Neste momento não haverá necessidade, por isso que nós fizemos a desmobilização do leito. Fizemos apenas um comunicado ao Hospital de Campanha, e a secretaria determina a desmobilização e faz os ajustes internos necessários, para que esse leito fique inativado”, esclareceu.
Marcelo Brito destacou que o custo diário para manter um leito ativo é de mais de R$ 4 mil, onerando os cofres da Secretaria de Saúde. “A gente pode estar direcionando esse valor para outras atividades em prol da saúde da população, que deseja é que a gente desative todos os leitos, o que significa dizer que a covid acabou.”
Vacinação e redução dos casos graves
Além do avanço na vacinação, o secretário acredita que a população tem contribuído para a diminuição dos casos ao seguir as recomendações sanitárias.
“A vacinação é o fator principal da redução. O segundo fator é a população seguindo as regras sanitárias, não aglomerando, não fazendo festas, utilizando álcool gel, utilizando máscara quando está em áreas públicas. Então essa adesão da imensa maior parte da população ajuda muito. Sempre tem aquele que resolve fazer festinha no final de semana e vai obrigar a polícia a fechar, mas a esses eu apelo sempre que, se eles não tem amor à própria vida, tenham pelo menos amor por aquelas pessoas que eles gostam, porque eles podem nesse momento estar carregando o vírus para dentro de suas casas e atingindo um familiar amado por eles”, salientou.
Ainda conforme o secretário de saúde, Feira de Santana se aproxima de atingir 50% da população vacinada com a primeira dose contra a covid-19. A expectativa é que até outubro, todos os feirenses acima de 18 anos estejam vacinados com pelo menos uma dose da vacina.
“Nós hoje estamos muito próximos de 50% da população vacinada com a primeira dose. A qualquer momento nós atingiremos esse número, se é que não já tivemos pelos últimos dados. Então a qualquer momento a gente atinge isso. Nós estamos com a meta de até outubro desse ano acabar a vacinação de primeira dose para toda a população acima de 18 anos, quem sabe até chegar a quantidade de vacina, a gente consegue cumprir em setembro”, ressaltou Brito em entrevista ao Acorda Cidade.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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