Feira de Santana

Com aumento de casos de covid e gripe, procura por máscaras cresceu até 200% nas farmácias de Feira

O estoque que estava planejado para três meses levou apenas 15 dias para terminar.

02/02/2022 às 17h11, Por Laiane Cruz

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Atualizada em: 22h05

 

Gabriel Gonçalves

Feira de Santana registrou, apenas no mês de janeiro deste ano, 4.914 casos de Covid-19, enquanto no mês de dezembro do ano passado, o município tinha registrado apenas 630 casos. O grande crescimento da doença fez aumentar também a procura por máscaras descartáveis nas farmácias.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o farmacêutico e gerente da Farmácia Brito da Avenida Artêmia Pires, Wesley Araújo, informou que a procura por máscaras aumentou até 200% para todos os modelos.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

"Hoje aqui na farmácia, estamos tendo a procura por todos os tipos de máscaras, as que possuem tripla proteção, as máscaras individuais, as de simples proteção e a mais procurada que é a N95. Nesses últimos 30, 60 dias, tivemos um crescimento de 150 até 200% na procura pelos produtos. Com o surto da gripe H3N2 e o aumento de casos de Covid-19, as pessoas começaram a comprar mais, e no sentido de evitar que a população ficasse desamparada, nós já tínhamos abastecido os nossos estoques", disse.

Ainda que os estoques estivessem abastecidos, Wesley informou à reportagem do Acorda Cidade que o que estava previsto para ser comercializando dentro de três meses foi vendido dentro de 15 dias.

"Essa alta procura nos surpreendeu bastante porque a gente não esperava que a procura fosse dessa forma. Apesar da gente ter se preparado, nós tínhamos um estoque para pelo menos três meses, porém dentro de 15 dias, todo o material foi vendido, mas conseguimos atender toda a demanda. A gente começou a perceber essa alta procura ainda no mês de dezembro, quando já estava tendo o surto de gripe H3N2. Estávamos observando que a população queria se proteger mais, ainda não era o momento de relaxar, pois quando imaginávamos que os casos iriam diminuir, começaram a aumentar. Mesmo com a alta procura, nós conseguimos manter os preços que já estavam sendo aplicados e isso foi até uma surpresa para alguns clientes, o que acaba se tornando positivo", destacou.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Ainda de acordo com o farmacêutico, mesmo que continue a alta procura de máscaras, não é provável que falte material no mercado.

"Hoje trabalhamos com diversos fornecedores. São cerca de sete tipos de máscaras descartáveis. É provável que um ou outro tenha o desabastecimento, mas acredito que a gente consiga com outros fornecedores suprir as necessidades e não deixar faltar no mercado. Hoje todas as nossas lojas estão com bons estoques de máscara, seja a N95, seja a máscara com tripla proteção, proteção comum, mas todas as nossas unidades estão com os estoques preparados. Hoje a gente trabalha muito com o sistema para não faltar produtos, então por exemplo, se algum produto está faltando aqui em nossa loja, é porque está faltando nas distribuidoras, como foi o caso dos antigripais, os xaropes, que tiveram uma demanda muito grande com o surto da gripe H3N2", afirmou.

Para a instrutora de treinamento de qualidade de atendimento, Jacira Santos, a utilização da máscara é indispensável. Ao Acorda Cidade, ela contou que a depender da atividade que for feita, utiliza a máscara de tecido.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

"Eu utilizo os dois tipos de máscaras, quando eu sei que vou demorar por exemplo na rua, eu utilizo a descartável, mas quando é uma saída rápida, eu utilizo a de tecido mesmo, já que eu posso lavar e higienizar depois", disse.

Segundo ela, o ser humano precisa se preocupar consigo mesmo e com toda a sociedade.

"Eu acredito que o ser humano deve se preocupar com o outro também, assim como eu me preocupo comigo mesma, me preocupo com minha família e com a sociedade como um todo. Devemos fazer a nossa parte e não esperar apenas pelas autoridades. Devemos manter os distanciamentos, usar as máscaras, se hidratar, sair em caso de necessidades como estou aqui agora na farmácia, evitar aglomerações, festas, porque isso também é cuidar do próximo. Eu tenho três filhos que já são adolescentes e sempre estou entrando em contato com eles, pedindo para não se aglomerarem, evitar saírem de casa, porque o momento ainda não é de festejar, é preciso ter mais conscientização e se vacinar. Eu, por exemplo, já tomei as duas doses e agora sigo no aguardo da dose de reforço no mês de março", concluiu.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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