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Vejas as cidades do Nordeste que mais investiram em 2021

Publicação apresenta a relação dos gastos das cidades e revela a importância dos municípios nos investimentos locais.

24/10/2022 às 21h57, Por Andrea Trindade

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Salvador | Fotos: Betto Jr./Secom

Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Recife (PE) foram as três cidades da Região Nordeste do Brasil que mais investiram em 2021. No ranking dos 10 maiores gastos, divulgado em publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), outras quatro capitais aparecem bem posicionadas: João Pessoa (PB), Teresina (PI), Maceió (AL) e Aracaju (SE).

De acordo com o anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, a capital Fortaleza, com mais de 2,7 milhões de habitantes, registrou o maior investimento, de R$ 939,1 milhões, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em seguida, na segunda e terceira colocações, estão Salvador, com R$ 560,2 milhões e Recife, com R$ 415,1 milhões em gastos com infraestrutura.

Além das capitais, três cidades figuram na lista dos top 10 de investimentos no Nordeste: Feira de Santana (BA), na quinta colocação, com R$ 209,8 milhões e 624 mil habitantes; Caucaia, em nono lugar, com R$ 146 milhões e 369 mil habitantes; e Camaçari (BA), em décimo, com R$ 140 milhões.

Realizado pela FNP, em parceria com a Aequus Consultoria, o anuário Multi Cidades apresenta conteúdo técnico em linguagem amigável e é uma ferramenta de transparência das contas públicas, com dados do desempenho das cidades. A 18ª edição tem o apoio de Volvo, Tecno it, Santander, Itaú e Sebrae.

RANKING – OS 10 MAIORES INVESTIMENTOS DO NORDESTE EM 2021

Raio-X do Brasil

Os investimentos das cidades brasileiras recuaram 16,9% em 2021, em comparação com o exercício anterior, atingindo R$ 58,98 bilhões, em valores corrigidos pelo IPCA. Conforme os economistas e editores do anuário Multi Cidades, a queda era esperada, seguindo uma trajetória nos primeiros anos de governo, como aconteceu em 2017 (-36,2%), 2013 (-25,3%), 2009 (-25,1%) e 2005 (-20,2%).

Os investimentos municipais de 2021 foram equivalentes aos efetuados em 2013, de R$ 60,23 bilhões, e 83,9% maiores que os realizados em 2017, de R$ 32,76 bilhões. “2017 foi o segundo pior ano em gastos das cidades desde 2002, quando tem início a série de dados compilados por Multi Cidades. Além de ser o primeiro de mandato, tivemos a crise aguda na economia brasileira e seus impactos nas finanças municipais”, lembra Tânia Vilella, economista e editora da publicação.

Recursos próprios

A publicação faz ainda uma análise dos recursos aplicados na infraestrutura municipal em 2021: 53,1% foram provenientes de receita própria; 23,2%, de transferências de capital dos demais níveis de governo; 16,5%, de operações de crédito; e 7,2%, de demais fontes de recursos.

Conforme os economistas, os governos locais têm exercido um papel crescente no financiamento e na execução dos investimentos do setor público brasileiro, especialmente a partir da segunda metade da década passada. De 2010 a 2014, os municípios foram responsáveis por 26,8% do financiamento de todo o investimento governamental, parcela que saltou para 37,9% no período de 2015 a 2021.

Nesse mesmo intervalo, o peso da União baixou de 26,2% para 22% e o dos estados, de 47% para 40,1%. Sob a ótica da execução e considerando os mesmos intervalos, nos estados a taxa recuou de 47,3% para 38,5%, ao passo que a fatia dos municípios avançou de 35,6% para 44,4%. A União manteve sua participação estável em 17,1%.

Confira o estudo completo aqui

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