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Coronel guardava 60 armas e 3 mil munições em apartamento incendiado; explosão de artefato deu início ao fogo, diz perícia

Ao todo, 44 pessoas foram retiradas de prédio e 34 acabaram encaminhadas ao hospital por inalarem fumaça.

25/02/2024 às 13h19, Por Acorda Cidade

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Foto: Defesa Civil

Um coronel do Exército guardava, no apartamento que pegou fogo em Campinas (SP), cerca de 60 armas de fogo – entre rifles, fuzis e espingardas – e 3 mil munições, além de uma granada. A perícia concluiu, neste domingo (25), que o fogo começou após um artefato explodir dentro de um cofre.

A detonação do artefato, ocorrida na noite de sábado (25), desencadeou uma série de explosões e o incêndio no imóvel. O apartamento é do coronel reformado e fica no primeiro andar do condomínio Fênix, na Rua Hércules Florence.

O militar deixou o prédio durante a evacuação e, segundo o boletim de ocorrência, permanecia “em local incerto” até a conclusão do registro, na madrugada de domingo. O g1 tenta contato com o coronel.

O Comando Militar do Sudeste do Exército (CMSE) informou, em nota, que o militar possui certificado de registro válido como atirador, caçador e colecionador. “Está sendo realizada uma perícia no local para levantamento de mais informações e detalhamento do caso. Militares do Exército acompanham os trabalhos dos órgãos de segurança pública para colaborar com a elucidação dos fatos”.

Vídeos gravados por vizinhos do prédio atingido pelas explosões registraram o barulho das explosões causadas pelas munições armazenadas no apartamento que pegou fogo.

O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM foi acionado para verificar a granada. A equipe não conseguiu concluir se ela estava carregada, mas levou para detonação em local seguro. Segundo a corporação, o explosivo é do modelo M36.

Trinta e quatro pessoas que inalaram fumaça precisaram de atendimento médico e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José — nenhuma em estado grave.

Rapel e escudos balísticos

Ao todo, 44 pessoas que estavam em andares superiores foram retiradas do prédio, parte delas por meio de cordas, em uma manobra semelhante à técnica de descida em rapel.

A tática do Corpo de Bombeiros também envolveu o uso de escudos balísticos da Polícia Militar (PM), que serviram de proteção para que as equipes subissem as escadas do prédio.

“Como a escada estava comprometida, para as vítimas que tinham condições, a gente desceu por essa técnica de rapel por fora do prédio. E as vítimas que tinham mobilidade um pouco mais complicada, a gente ventilou a escada para elas conseguirem descer”, explicou o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros, Rafael Ribeiro Vieira.

“Quando a gente conseguiu identificar que todas as vítimas estavam em segurança, a gente esperou um pouco, diminuiu um pouco essa questão das explosões, aí o Baep nos auxiliou com dois escudos balísticos. A gente conseguiu ganhar o primeiro lance e acessar as vítimas que estavam acima”, resumiu.

Diversas viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outras do Corpo de Bombeiros foram para o local.

Cão resgatado

Além das pessoas retiradas do prédio, um cão que estava no apartamento do coronel foi resgatado pelos bombeiros.

Energia desligada

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável pela distribuição de energia, informou que, por segurança, desligou a energia do entorno do edifício atingido pelo incêndio.

“A companhia ressalta, no entanto, que no momento, já restabeleceu o fornecimento para a maioria dos clientes afetados e apenas o prédio em questão ainda se encontra sem energia”.

A concessionária deve religar a energia no edifício após a perícia no imóvel afetado.

Fonte: G1

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