Brasil é o sétimo país com mais mulheres empreendedoras

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Um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 49 países mostrou que o Brasil é o 7º país com o maior número de mulheres empreendedoras, atrás de países como Madagascar, Indonésia e Panamá. O estudo foi coordenado no país pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), com o apoio do SEBRAE.

A pesquisa foi realizada com informações referentes ao ano de 2018 e revela aspectos como nível de escolaridade do empreendedor, taxa de aberturas por necessidade e por oportunidade, além de faixa etária e gênero. Ela comprova que as mulheres estudam 16% a mais que os homens, com, em média, 9,9 anos de estudos contra 8,5 deles. Ainda assim, o rendimento delas é 22% menor do que o dos homens.

De acordo com a analista de educação e empreendedorismo Jaqueline Cristina Lima, do Sebrae Minas, esta situação está diretamente ligada ao preconceito nos trabalhos formais. “Já no caso das empresárias, tem muito a ver com o tempo dedicado ao negócio, pois elas precisam se desdobrar entre trabalho e cuidados com os filhos e a casa”, observa.

Quanto a isso, o relatório mostra que, enquanto os homens conseguem dedicar, em média, 37,5 horas ao negócio, as mulheres trabalham por 30,8 horas.

Setores de maior atuação

O setor de serviços é o escolhido por cerca de 70% das pessoas que pretendem abrir um negócio. Isso quer dizer que a maior parte dos novos empreendimentos são comércios que prestam serviços aos consumidores, sejam eles de moda – como as lojas de roupas femininas, masculinas e infantis -, beleza e cosméticos, eletrônicos, eletrodomésticos, entre outros.

A análise separa os negócios em três categorias: fase nascente, com até três meses; inicial, com menos de 42 meses de operação; e estabelecido, com a idade posterior a cinco anos. Dos já estabelecidos, 60% deles estão vinculados ao setor de serviços e, na maioria das vezes, o consumidor principal é o final (pessoa física). O percentual de atuação no setor B2B (business to business) é de 11,9% e representa uma alta em relação ao ano de 2017, quando apenas 5,3% dos empreendimentos eram destinados ao setor.

Enquanto isso, o setor industrial é a área de 29,6% dos empreendedores iniciais e 37,9% dos estabelecidos.

Programas de empreendedorismo para mulheres

A Rede Mulher Empreendedora (RME) oferece cursos de capacitação para as mulheres que desejam empreender. A ideia é que, com as reuniões, elas se integrem e consigam se ajudar compartilhando conhecimentos e dúvidas. No SEBRAE também há cursos sobre empreendedorismo, como criar um plano de negócios, entre outros.

Se não for possível ter o capital para a abertura do negócio, há formas de conseguir linhas de crédito com os bancos. A Caixa, por exemplo, possui uma criada especialmente para as mulheres que desejam abrir seus negócios. Ela tem tarifas reduzidas para apoiar as micro e pequenas empreendedoras.