Saúde

Bom controle da glicemia diminui os riscos de retinopatia diabética

De acordo com especialista, a Retinopatia Diabética (RD) é realmente a complicação mais temida diante da possibilidade de cegueira em pessoas acima de 60 anos.

10/11/2021 às 11h15, Por Laiane Cruz

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Quando as pessoas falam em diabetes, costumam associar a doença à possibilidade de cegueira. Por isso, a Retinopatia Diabética é a complicação mais temida. E um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de complicações oculares na pessoa com diabetes, segundo a oftalmologista e especialista em retina do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (CEDEBA), Tessa Mattos, é o descontrole da glicemia.

De acordo com a especialista, a Retinopatia Diabética (RD) é realmente a complicação mais temida diante da possibilidade de cegueira em pessoas acima de 60 anos. Após 20 anos de diabetes, a chance de ter algum grau de RD – explicou – é de 90% no diabetes tipo 1 ( criança e adulto jovem) e de mais de 60% nas pessoas com diabetes tipo 2 . Como a doença é silenciosa, nas fases iniciais o paciente não apresenta sintomas, mesmo já apresentando algum grau de RD.

Exame de fundo de olho

Segundo explica a especialista do Cedeba, a única forma de detectar a RD é o exame de fundo de olho. Deve ser feito cinco anos após o diagnóstico para diabetes tipo 1 e, para o diabetes tipo 2 , no ato do diagnóstico de diabetes, porque muitas pessoas convivem muitos anos sem diagnóstico. São as complicações que as identificam como diabéticas.

“Mas se o tratamento da RD for feito no tempo certo e o tratamento realizado adequadamente, o risco de cegueira diminui em 5%. Infelizmente, na nossa realidade, muitas pessoas só têm o diagnóstico ao apresentarem algumas complicações, como baixa de visão”, pontua Tessa Mattos.

Segundo a especialista, o maior fator de risco para a RD é o descontrole glicêmico. O exame de hemoglobina glicada que dá a média da glicemia dos últimos três meses, precisa estar dentro dos padrões.

“É preciso evitar a variabilidade dos níveis de glicemia pois é bastante prejudicial oscilar entre hiperglicemia (200) e hipoglicemia (menos de 70).” O tratamento padrão para a RD proloferativa, segundo a especialista, é a panfotocoagulação a laser. Existem medicações que são injetadas no olho, eficazes para tratar o edema macular diabético, a principal causa de comprometimento de visão em pacientes diabéticos. Os cuidados com a visão na pessoa com diabetes devem ser redobrados porque a doença também é uma das principais causas de catarata precoce.

“Por tudo isso é muito importante a mudança de estilo de vida, que deve incluir a prática de atividades física e alimentação saudável. Além da RD, a pessoa com diabetes também deve ter cuidados com os pés para evitar o pé diabético”, alertou Tessa Mattos.

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