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Bancos processam mais de dois milhões de pedidos de renegociação de dívidas

Os valores dessas negociações chegam a R$ 200 bilhões conforme levantamento parcial do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander, dando carência de 2 a 3 meses no vencimento de parcelas.

06/04/2020 às 11h46, Por Rachel Pinto

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), emitiu um comunicado sobre o trabalho de alguns bancos, no que diz respeito a renegociação de dívidas ness cenário de crise financeira gerado pela pandemia no novo coronavírus, Covid -19.

Os valores dessas negociações chegam a R$ 200 bilhões conforme levantamento parcial do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander, dando carência de 2 a 3 meses no vencimento de parcelas em várias linhas, como crédito pessoal, crédito imobiliário, crédito com garantia de imóveis, crédito para aquisição de veículos e capital de giro

 

Leia abaixo comunicado na íntegra:

Os bancos estão totalmente sensibilizados com a necessidade de os recursos chegarem rapidamente na ponta e continuarão agindo com foco para que o crédito seja dado nas mãos das pessoas físicas e das empresas.

Entendemos a ansiedade de diversos setores, mas é preciso compreender que esse é um processo gradual e complexo, que demanda diversas providências e, em muitos casos, envolvem mudanças regulatórias, a exemplo da linha de liquidez do Banco Central para a compra de Letra Financeira Garantida e a liberação de compulsórios.

Ao contrário do que aconteceu na crise de 2008, desta vez, não estamos observando um empoçamento de liquidez, mas sim um aumento substancial nas necessidades por recursos líquidos, o que torna esta crise bem diferente da anterior. Além disso, os bancos internacionais cortaram as linhas que dispúnhamos, o que estreitou mais ainda a liquidez do sistema. Mas seguiremos trabalhando, com o Banco Central e governo, para prover liquidez e crédito para quem precisa.

Dentre as medidas já tomadas, repactuamos diversas operações com grandes empresas, que demandaram volumes expressivos de recursos, com impactos relevantes sobre a liquidez do setor bancário.

Ainda, logo nos primeiros dias da crise, a Febraban anunciou a renovação de operações de crédito para pessoas físicas, micro e pequenas empresas. Os 5 maiores bancos do país estão processando mais de dois milhões de pedidos de renegociação de dívidas, dando carência de 2 a 3 meses no vencimento de parcelas em várias linhas, como: crédito pessoal, crédito imobiliário, crédito com garantia de imóveis, crédito para aquisição de veículos e capital de giro.

Os valores dessas negociações já chegam a R$ 200 bilhões conforme levantamentos parciais:

Caixa: 1 milhão de pedidos em contratos habitacionais, com oferta de R$111 bilhões em créditos e carências de até 90 dias.

Bradesco: 635 mil pedidos, que representam 1.036.000 contratos.

BB: 200 mil pedidos, em valor equivalente a R$60 bilhões.

Santander: 80,9 mil pedidos, em valor equivalente a R$11 bilhões.

Itaú: 302,3 mil pedidos, com saldo de R$ 12,1 bilhões e parcelas já prorrogadas em valor financeiro de R$ 679 milhões.

Na linha Caixa Hospitais, foram disponibilizados recursos da ordem de R$ 5 bilhões para 2020.

Em outra frente muito importante, os bancos vão se antecipar ao repasse de recursos do governo e, já a partir desta segunda, irão disponibilizar crédito para financiar a folha de pagamento de pequenas e médias empresas com faturamento de até R$ 10 milhões de reais, após dois dias da edição da Medida Provisória que criou uma linha de R$ 40 bilhões, sendo que os bancos irão suportar, com recursos próprios, R$ 6 bilhões desse total.

Estima-se que a medida irá beneficiar até 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores e os recursos serão concedidos à taxa fixa de 3,75% ao ano, sem qualquer spread adicional para as empresas e sem qualquer custo para os empregados.

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