Covid-19
Vanusa Kaimbé, de 50 anos, é da aldeia Massacará, na cidade de Euclides da Cunha. Morando há 33 anos em SP, ela também reforçou a eficiência do SUS em grandes campanhas de vacinação.
18/01/2021 12h09, Por Gabriel Gonçalves
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Primeira mulher indígena a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil, a técnica de enfermagem e assistente social Vanusa Kaimbé, de 50 anos, é baiana da aldeia Massacará, na cidade de Euclides da Cunha, no norte da Bahia. A vacina começou a ser distribuída no país nesta segunda-feira (18).
Vanusa foi vacinada no domingo (17), na cidade de Guarulhos, em São Paulo, onde mora há 33 anos na aldeia multiétnica Filhos da Terra. Nesta segunda, ela falou sobre a esperança crescente junto com o começo da imunização, além do respeito aos cientistas.
"É uma felicidade, uma gratidão muito grande. Estou me sentindo com esperança. A palavra do dia é esperança, é felicidade. Foi uma felicidade ser a primeira indígena vacinada. Ficar imune a essa doença por um período que eu não sei quanto, mas se fosse por um mês, por 15 dias, eu tinha tomado. Porque eu tive essa doença e não é fácil. Só quem teve sabe o quanto é difícil, o quanto ela abala o nosso psicológico. Gratidão aos cientistas que dedicaram suas vidas em um tempo curto, para encontrar uma vacina e dar uma esperança para a gente", disse.
"São quase 210 mil vidas perdidas, então [com a vacina] estamos em um estado de felicidade. Eu não consigo expressar o tamanho da minha felicidade", disse Vanusa.
Os indígenas são parte do grupo prioritário da primeira fase de aplicação da Coronavac, definido pelo Ministério da Saúde, assim como profissionais de saúde. Vanusa foi a quarta pessoa a receber a imunização no Brasil. Além dela, outras 111 pessoas foram vacinadas no domingo.
Ela falou também sobre a eficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) em grandes campanhas de vacinação e reforçou a importância de tomar a vacina.
"Tomem essa vacina, é importante. O nosso país tem um histórico de vacina. O SUS tem o programa mais eficaz do mundo. Nós somos exemplos no mundo. Viva o SUS, viva os cientistas. Eu, como indígena, tenho a minha crença, uso as minhas ervas medicinais para algumas doenças, mas para essa a gente não tem como combater, então a gente pode englobar a ciência para adicionar à nossa medicina tradicional. Não tem problema nenhum a gente usar as nossas ervas e usar as vacinas e usar a medicina. E respeito", disse".
A técnica de enfermagem também teceu críticas aos governantes e falou sobre o desrespeito à ciência e a divulgação de notícias falsas.
"Em um momento tão difícil, que nossos governantes, alguns, deveriam estar à frente do trabalho, salvando vidas com eles [cientistas], estão desrespeitando a ciência, a tecnologia, a educação. Não saíram do palanque ainda. É como se tivessem no campo eleitoral, onde vale tudo, entre aspas, não é? Porque eu acho que no campo eleitoral tem que ter o respeito à vida e aos cientistas".
"Imagine a gente ter os governantes desse país espalhando mentiras e desrespeitando a vida e desrespeitando os brasileiros. É um estado de esperança ver a ciência e a tecnologia avançando".
Fonte: G1 Bahia
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