Mãe e assistente social: esposa de coronel da PM explica como concilia rotina e cuidados com a família

Ser mãe é uma jornada de autoconhecimento, no qual é possível criar experiências que jamais foram imaginadas de se viver. E, quando é necessário conciliar a criação dos filhos com outras necessidades na vida, o ser mãe se torna ainda mais desafiador.

Neste domingo (12), é comemorado o Dia das Mães e o Acorda Cidade conversou especialmente com quem se dedica diariamente ao papel de mãe e de esposa, pilares na construção de uma família. Nelly Michaeli, de 51 anos, é esposa do coronel PM Antônio Nascimento Lopes, atual comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPR-L), e tem duas filhas, fruto da relação.

À princípio, Mica, como é carinhosamente chamada, contou sobre os desafios de conciliar a rotina das filhas, que moram em Salvador, e com o esposo, que trabalha em Feira de Santana. Para ela, é imprescindível o cuidado com a família.

“Como nossa casa é em Salvador e ele trabalha em Feira, eu preciso me dividir entre as duas cidades, tenho dois CEPs. Apesar de minhas filhas serem adultas, eu tenho também uma vida em Salvador e eu preciso cuidá-las, são solteiras, tem que cuidar da casa e cuidar da alimentação dos dois locais. Há um desafio, eu tenho que ir e vir, fico aqui com ele, mas também preciso ir para Salvador ajudar os meus sogros que também são idosos. Houve um momento também que meu esposo teve que trabalhar na Chapada Diamantina, em Lençóis e a gente em Salvador, então lá em Lençóis não tinha muitas escolas para as meninas e a gente se dividia entre as duas cidades. Lençóis é mais longe”, disse.

Rotina

Mas, a família formada atualmente, por quatro adultos, tem também muitas preocupações. Esposa de um coronel da Polícia Militar, Nelly também falou sobre os anseios, mediante a profissão do marido com a segurança pública. Conforme ela, essa é uma preocupação que envolve também as filhas.

“A nossa relação é algo suave, mas eu fico preocupada junto com ele das coisas que podem acontecer com ele e com os dele, o mundo está muito violento, a humanidade está violenta e é uma preocupação de esposa. Quem o conhece sabe que qualquer lugar que ele vai, ele vai com a farda e a minha preocupação com ele, é a farda que ele usa com amor e carinho. Mas também tenho confiança nele, nos homens e mulheres que trabalham com ele e em toda a sua região”, contou.

Família

Atuando no Comando de Policiamento Regional Leste (CPR-L), o coronel Antônio Lopes está a frente do cargo desde junho de 2023. Questionada sobre o orgulho que sente pelo esposo e pai de suas filhas em assumir esta grande responsabilidade, Michaeli enfatizou que o trabalho é bem executado devido ao apoio diário de pessoas que desejam também a segurança do município.

Ainda sobre a relação do casal, ela contou detalhes de como os dois se conheceram.

“Ele hoje está comandante da Região Leste, coronel, ele comanda toda a região e gosta muito do que faz e se apegou a Feira de Santana, tanto que passamos a semana toda aqui, Feira é uma cidade boa de trabalhar e ele gosta do que ele faz aqui, a imprensa e a população o ajudam muito. Nós nos conhecemos, ele era segundo tenente da Polícia Militar, era farda azul na época, e eu, era gerente de uma loja de produtos importados, e a polícia ia comprar as ilhas de expedição e as câmeras, porque ia ser o primeiro Carnaval com câmeras em alguns pontos, e a minha empresa iria vender para a polícia. A gente se conheceu nesta transação comercial, PM e a Imports, que era a empresa que eu trabalhava”, relembrou.

Assistente Social por formação, Nelly Michaeli conhece muito bem a rotina de policiais femininas, as Pfems. Ao participar de uma homenagem do Dia das Mães, no qual foi convidada, ela comentou emocionada a importância do papel feminino na polícia, além de que muitas delas também são mães e se desdobram para garantir um futuro digno aos seus filhos.

“Eu fiquei emocionada ontem, porque a Ronda Maria da Penha me convidou para participar da homenagem do Dia das Mães e só tinha a Ronda Escolar e foi muito emocionante ver as policiais falando da dificuldade de ser mãe. Inclusive, conversei com meu marido sobre as demandas que elas têm, fiquei impressionada, tem uma Pfem que trabalha com meu esposo e sabe as demandas, mas eu queria que todas as mães passassem este dia com os filhos. Se eu pudesse, todas as Pfems passariam o Dia das Mães com seus filhos e suas mães. Neste domingo, a gente viaja para Salvador e vamos passar todos juntos, eu, minhas filhas, minha sogra, meu esposo e toda a família, já que não tenho minha mãe viva. Todo domingo é sagrado almoçarmos juntos e irmos para a casa da minha sogra, é o tempo que nós temos em família”, destacou.

Ao deixar uma mensagem para o Dia das Mães, Nelly Michaeli ainda relembrou momentos vividos com a sua mãe, que já é falecida, além de evidenciar o papel da Polícia Militar na garantia da segurança para todas as mães da Bahia.

“Como há muitos anos eu perdi minha mãe, eu sempre lembro de uma coisa que é ser mãe ou ser filho de uma mulher, é algo sublime. Não acho que todas as mulheres nasceram para ser mães, mas quem tem a vocação, sabe o sofrimento e as demandas e o que meu marido faz hoje, na Polícia Militar do Estado da Bahia é proporcionar uma cidade, um local, um estado mais seguro, porque quando um filho sai, uma mãe fica com o coração apertado para ele volte seguro”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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