Bahia

Entre 2020 e 2021, número de empresas de serviços diminuiu na Bahia, mas emprego no setor cresceu 

Com a redução, a Bahia caiu do sétimo para o oitavo lugar entre os maiores setores empresariais de serviços do país.

01/09/2023 às 21h54, Por Acorda Cidade

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Foto: Foto: Michal Jarmoluk / Pixabay

De acordo com o dados divulgados, na quinta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2020 e 2021, o setor empresarial de serviços viu seu tamanho diminuir 0,9% na Bahia.

Em um ano, o estado perdeu 432 empresas de serviços, passando de um total de 50.237 em 2020 para 49.805 em 2021. A queda veio após um crescimento de 0,9%, entre 2019 e 2020 (mais 469 empresas no período). Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2021.

Com a redução no número de empresas, em 2021 o setor empresarial de serviços na Bahia estava 2,5% menor, ou seja, com menos 1.264 empresas do que tinha em 2016, quando havia atingido seu maior tamanho (51.069 empresas).

Ainda de acordo com a pesquisa, com a redução, a Bahia caiu do sétimo para o oitavo lugar entre os maiores setores empresariais de serviços do país, sendo ultrapassada por Goiás (52.986 empresas em 2021). Ainda assim, mantém a liderança no Norte-Nordeste, posição que ocupa desde 2007, quando se iniciou a nova série da Pesquisa Anual de Serviços (PAS).

São Paulo (526.347 empresas em 2021), Minas Gerais (161.185) e Paraná (129.950) lideram esse ranking desde 2015.

No Brasil como um todo, houve crescimento no tamanho do setor de serviços, de 1.366.913 empresas ativas em 2020 para 1.493.165 em 2021 (mais 126.252 empresas, ou +9,2%). Junto ao aumento nacional, 23 das 27 unidades da Federação viram o setor se expandir nesse período.

A queda absoluta no número de empresas do setor de serviços na Bahia (-432) foi a segunda maior do país no período, inferior apenas à registrada no Distrito Federal (-3.187). Acre (-125) e Tocantins (-45) também apresentaram resultado negativo.

Por outro lado, os maiores crescimentos absolutos foram registrados em São Paulo (+46.852), Santa Catarina (+17.719) e Rio de Janeiro (+12.786).

Em 2021, emprego nas empresas de serviços cresceu 8,9% na Bahia, com saldo positivo de 44,6 mil trabalhadores em um ano

Mesmo com o saldo negativo no total de empresas ativas, entre 2020 e 2021 houve crescimento do número de pessoas trabalhando no setor de serviços baiano. O resultado positivo veio após uma queda importante entre 2019 e 2020 (-6,4%).

Ao fim de 2021, 547.077 pessoas estavam ocupadas nas empresas de serviços da Bahia, 8,9% a mais do que em 2020 (quando havia 502.519 empregados), o que correspondeu a mais 44.558 trabalhadores em um ano.

Ainda assim, o total de trabalhadores no setor em 2021, no estado, era 4,7% menor (menos 27.001 pessoas ocupadas) do que o verificado em 2014, quando esse número havia chegado ao seu ponto máximo (574.078 ocupados).

No país como um todo, também houve aumento de postos de trabalho no setor empresarial de serviços, de 12.476.215 pessoas ocupadas em 2020 para 13.446.730 em 2021 (+7,8% ou mais 970.515 pessoas ocupadas).

Todas as 27 unidades da Federação apresentaram aumento no número de trabalhadores, entre 2020 e 2021. Os melhores resultados, em termos absolutos, ficaram com São Paulo (+295.076 ou +6,6%), Santa Catarina (+87.753 ou +14,1%) e Minas Gerais (+75.090 ou +6,1%). A Bahia teve o 7º maior crescimento do país.

Transporte rodoviário puxa queda no número de empresas; alojamento e alimentação lidera crescimento do pessoal ocupado

A queda do tamanho do setor de serviços na Bahia, entre 2020 e 2021, foi puxada pelas empresas de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, que passaram de 6.978 para 4.951 (menos 2.027 empresas ou -29,0%). Dentro deste grupo, o transporte rodoviário teve a maior redução no total de empresas. Em um ano, elas passaram de 5.874 para 3.738 (menos 2.136 empresas ou -36,4%).

A segunda maior queda absoluta veio dos serviços profissionais, administrativos e complementares, que perderam 654 unidades entre 2020 e 2021 (-3,3%). Porém, a atividade manteve a liderança no número de empresas na Bahia, com 19.024.

No outro extremo, o grupo de atividades de serviço que teve o maior aumento em seu número de empresas, em termos absolutos, foi o de serviços prestados às famílias, que ganhou 1.531 unidades entre 2020 e 2021, passando de 13.442 para 14.973 (+11,4%).

Dentro desse grupo, os serviços de alojamento e alimentação foram os que tiveram o maior ganho de empresas na Bahia. De 2020 para 2021, o número de unidades aumentou de 8.125 para 10.118 (mais 1.993 ou +24,5%).

Os serviços prestados às famílias também puxaram, em termos absolutos, o aumento de pessoal ocupado na Bahia, entre 2020 e 2021. O grupo de atividades ganhou 22.172 trabalhadores em ano, passando de 97.954 para 120.126 (+22,6%).

Dentre os serviços prestados às famílias, os serviços de alojamento e alimentação também foram o destaque positivo, com mais 23.060 trabalhadores em um ano, passando de 73.282 para 96.342 pessoas ocupadas, entre 2020 e 2021 (+31,5%).

Porém, dentro do setor de serviços na Bahia, quem mais emprega são as empresas de serviços profissionais, administrativos e complementares, com 242.897 trabalhadores em 2021, 5,0% a mais do que em 2020 (+11.485).

O transporte rodoviário também foi a atividade que mais perdeu trabalhadores no período, caindo de 75.761 para 70.494 (-5.267 ou -7,0%).

Fonte: IBGE

Em 2021, receita bruta dos serviços voltou a aumentar na Bahia, mas, em dez anos, estado perde participação no Nordeste

Apesar de ter tido redução no seu tamanho, o setor empresarial de serviços baiano voltou a registrar, em 2021, aumento da receita bruta, após ter tido queda em 2020. Ela ficou em R$ 71,310 bilhões, recorde na série histórica e 23,3% maior, em termos nominais (sem levar em conta a inflação), do que a de 2020 (R$ 57,821 bilhões).

O aumento absoluto na receita bruta dos serviços baianos (mais R$ 13,490 bilhões) foi o sexto maior do Brasil. São Paulo (mais R$ 181,6 bilhões), Minas Gerais (mais R$ 36,2 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 33,8 bilhões) lideraram o crescimento.

Desde 2012, a Bahia se mantém com a sétima maior receita bruta de serviços no país e a líder do Norte-Nordeste. Ao longo de toda a série, São Paulo (R$ 1,052 trilhões em 2021), Rio de Janeiro (R$ 260,7 bilhões) e Minas Gerais (R$ 188,3 bilhões) lideram.

De 2020 para 2021, a Bahia, porém, teve a sua segunda queda seguida na participação na receita bruta total de serviços na região Nordeste, passando de 31,1% para 30,9%.

Além disso, considerando-se um período mais longo, de dez anos, a Bahia é o estado que mais perde participação na receita de serviços do Nordeste, de 33,1% em 2012 para 30,9% em 2021. Nesse intervalo de tempo, o Ceará foi quem mais ganhou participação na receita do setor na região (de 15,8% para 18,3%).

Na Bahia, o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio responde por quase 1/3 de toda a receita bruta dos serviços (33,2% ou R$ 23,7 bilhões). De 2020 para 2021, esse grupo apresentou o maior crescimento absoluto na receita bruta (mais 4,3 bilhões ou +22,5%), puxado pelos outros transportes (mais R$ 1,7 bilhões, ou +36,0%).

Fonte: IBGE

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