Internacional

Advogado baiano, que integra defesa de Daniel Alves, fala sobre acusações contra a mãe do jogador

O advogado Augusto Mendes trabalha em um escritório especializado em processos de alta repercussão e complexidade.

06/02/2024 às 06h33, Por Andrea Trindade

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advogado augusto Mendes Araújo
Foto: Arquivo Pessoal

O advogado criminalista Augusto Mendes Araújo, baiano da cidade de Jaguaquara, integra a defesa do jogador Daniel Alves, na Espanha. O ex-jogador da seleção brasileira, de 40 anos, foi a julgamento na segunda-feira (5), acusado de agredir sexualmente, em 2022, uma mulher no banheiro de uma boate em Barcelona.

O advogado Augusto Mendes integra a defesa da mãe do lateral-direito após a divulgação de imagens e para acompanhar o caso. Daniel Alves, que teve a prisão preventiva decretada em janeiro do ano passado, inicialmente negou qualquer ato sexual com a denunciante, mas depois afirmou que teve relações sexuais consensuais com a mesma, e disse que negou no primeiro depoimento para proteger seu casamento.

Em uma entrevista exclusiva concedida ao Acorda Cidade, o advogado, cujo escritório é especializado em processos de alta repercussão e complexidade, explicou por que a mãe do jogador foi inserida no caso, e os motivos que levaram à contratação de sua equipe.

Segundo ele, o processo envolve não apenas as acusações contra Daniel Alves, mas também uma investigação paralela sobre a suposta participação de sua mãe no vazamento de informações digitais referentes às denunciantes. No entanto, ele enfatizou que as alegações contra Lúcia Alves, mãe do jogador, necessitam de fundamentos, uma vez que os vídeos em questão já circulavam na internet e ela simplesmente os reproduziu.

“Um dos motivos do convite feito pela Dra. Graciele Queiroz, que é o maior escritório do Brasil especializado em falsas acusações sexuais e contrata pela família de Daniel Alves, foi a nossa expertise em provas digitais. Porque contra a mãe do jogador Daniel Alves foi aberto um processo em paralelo para investigar a participação dela no vazamento de informações digitais referentes às denunciantes. Aqui na Espanha, eles levam muito a sério a questão de crimes sexuais. Eles tratam como denunciantes para manter o sigilo, o lido do nome, voz, tudo. E recentemente houve uma publicação dela em que ela divulgou vídeos da suposta vítima”, informou.

O advogado afirma que, pelo que ocorreu, ela não cometeu o crime de vazar a informação, porque os vídeos chegaram até ela por meio de um número de celular.

Lúcia Alves mãe do jogador Daniel Alves
Foto: Reprodução/Redes Sociais

“A gente já tem informações da polícia espanhola sobre este número, e esses vídeos estavam circulando, então, ela simplesmente fez uma reprodução. Não houve vazamento dessa imagem por parte dela. A partir daí, o escritório da Dra. Graciele Queiroz, que é um escritório que trabalha em parceria conosco, nos convidou como escritório especialista, para poder fazer esse suporte, e também acompanhar o julgamento do Daniel Alves, para ver provas que possam passar despercebido aos olhares dos advogados, elementos de provas que a gente possa utilizar depois do processo que investiga Dona Lúcia, que é a mãe do jogador Daniel Alves”, continuou.

Augusto Mendes também destacou que o depoimento de Daniel Alves foi adiado para permitir que ele se manifeste após tomar conhecimento de elementos de prova que surgiram contra ele durante o julgamento.

“O julgamento começou hoje, dia 5, às 10h30, foram ouvidas seis testemunhas, entre elas a denunciante, então foi ouvida a denunciante e as testemunhas. A princípio, e pela regra processual aqui na Espanha, o jogador deveria ter sido ouvido hoje. O primeiro, com o interrogatório, mas há elementos de prova que apareceram no processo que ele não tinha conhecimento, então, foi feito um pedido pela defesa para que ele seja ouvido por último, para que ele possa se manifestar sobre tudo que foi dito no julgamento contra ele, que ele possa trazer a versão dele de forma ampla e global, como já ocorre nos processos do Brasil. Ele explicou que no Brasil antigamente era da mesma forma, mas depois se entendeu que o réu tem que ser ouvido por último”, declarou o advogado ao Acorda Cidade.

O julgamento iniciou com a oitiva de seis testemunhas, incluindo a denunciante, cujo depoimento foi realizado a portas fechadas para preservar sua identidade.

“A suposta vítima denunciante foi ouvida hoje. Ela foi a única que nós não podemos acompanhar, nem a imprensa. Foi porta cerrada, que a gente fala aqui que é a porta fechada, e aí a imagem dela é fixada na TV e a voz é usada no programa para também transfigurar a voz para não ser reconhecida. Amanhã, mais ou menos, mais de 20 testemunhas de defesa, e no terceiro dia, são os peritos sobre as provas técnicas, que é a parte que mais me interessa. São análises, provas, custódias e por fim, no mesmo dia, que é o terceiro dia, temos interrogatórios do jogador Daniel Alves, aí que suspende o julgamento para analisar”, explicou.

Segundo o advogado, as contradições e lacunas no testemunho da denunciante levantam dúvidas sobre a veracidade das acusações, e isso deixou a equipe de defesa otimista.

“A avaliação é positiva, principalmente porque o depoimento da denunciante e das testemunhas que se faziam presente, testemunhas oculares, há muitas contradições, muitos questionamentos da defesa que não conseguiram trazer uma resposta efetiva, ao ponto da magistrada, em certo momento, inclusive questioná-las: “Até agora a senhora lembrava de tudo, mas quando a defesa começa a perguntar e questionar, agora não lembra mais de nada”. A verdade aparecerá nos próximos dias, que essa relação, esse relacionamento, esse ato sexual foi consentido e não foi forçado ou mediante qualquer tipo de agressão”, destacou o advogado ao Acorda Cidade.

Diante dos desafios enfrentados durante o processo, a defesa argumenta que está acompanhando cada fase do caso.

“Nós continuaremos aqui, porque vamos acompanhá-la, mas depois há um limite. Porque dentro do fórum do Palácio da Justiça não está sendo permitido contato físico com familiares por questão de segurança”, disse.

O esclarecimento explica a atitude dos advogados de pedir para ela não participar da audiência. Conforme alguns jornais brasileiros noticiaram, ela reclamou do fato de não poder ter contato com o filho no julgamento.

A mãe e o brasileiro foram vistos chegando ao tribunal com os advogados. A denunciante teve sua identidade completamente preservada. Conforme o advogado explicou acima, a voz e a imagem são distorcidas durante o depoimento.

Com informações da jornalista Iasmim Santos do Acorda Cidade

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  1. Quer dizer que a mulher estuprada não pode dar continuidade a sua vida, tem que ficar enclausurada dentro de quatro paredes deprimida. A mãe do *** tem que ser condenada, quando ela pública o vídeo, está querendo denegrir a imagem da mulher que, quer continuar a vida normalmente. Se ela ( a mãe do *** que fosse estuprada) ela se trancaria em casa e não sairia mais? Que ela e o filho sejam condenados.

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