Pandemia
Bahia vive um cenário mais grave de covid-19 que na primeira onda, afirma secretário de saúde
As taxas de internação estão muito superiores às que foram registradas no começo do ano.
03/12/2020 às 13h19, Por Andrea Trindade
Acorda Cidade
De acordo com o secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, já é possível dizer que a Bahia vive uma segunda onda da pandemia da covid-19. Ele afirma que as taxas atuais de crescimento dos casos da doença são iguais às que tínhamos em junho, só que com um detalhe importante: existe agora um surto geral, com os índices aumentando em todas as regiões do estado de uma vez só.
O secretário também informa que as taxas de internação estão muito superiores às que foram registradas no começo do ano e que há dificuldade de fazer a transferência dos pacientes de uma região para outra, porque todas estão cheias. Em Feira de Santana a taxa de ocupação de leitos de UTI do Hospital Geral Clériston Andrade, destinados à pacientes com covid-19 estava em 100% na manhã de hoje (03).
“Nós já estamos completando três semanas de crescimento sucessivo contínuo do número de casos, portanto, é possível falar que nós estamos já entrando em uma segunda onda, e uma segunda onde em um cenário mais grave que a que enfrentamos no início da pandemia. O número que temos hoje de casos ativos equivale aproximadamente ao mês de junho. Só que naquele período nós tínhamos um revezamento de surtos. Nós Tínhamos uma onda que começou na capital e foi avançando pelo interior. Na medida em que uma região nova ia apresentado casos a outra ia diminuindo. E Neste momento nós temos um surto geral, um aumento geral, em todas as regiões do interior da Bahia, simultâneo, com taxas de internação muito superiores ao que observamos no começo do ano”, declarou.
O secretário disse ainda que há pacientes internados em unidades do interior que recusam transferência para a capital, onde a oferta de leitos é maior.
“Há uma dificuldade em remover essas pessoas de uma região para outra porque todas estão cheias. Nós temos apenas em Salvador, mas frequentemente os pacientes e as famílias estão a se recusar a transferir, fazendo com que permaneçam em estruturas precárias, provisórias, apenas de pronto atendimento e de estabilização, quando poderiam estar internados em UTIs, em um hospital mais apropriado”, concluiu.
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