Bahia tem o dobro do risco para crianças do que SP

Proporção baiana é de 74,4 denúncias de abuso de menores por 100 mil habitantes, enquanto a paulista é de 35,7.

15/09/2009 às 08h42, Por Dilton e Feito

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A chance de uma criança sofrer violência sexual na Bahia é duas vezes maior do que no estado de São Paulo. Os estados são os que têm os maiores números de denúncias de pedofilia, segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

Na Bahia, o número de denúncias recebidas e encaminhadas entre 2003 e 2009 foi de 10.424. A cifra paulista é maior, com 13.949 casos. Tendo o estado baiano uma população muito menor – 14 milhões de habitantes contra 39 milhões de São Paulo -, os números mostram que a Bahia tem 74,4 denúncias de pedofilia para cada 100 mil habitantes. Em São Paulo, essa proporção é de 35,7.

Mais dois casos de pedofilia chocaram os baianos nesta segunda-feira (14). A polícia apresentou Diogo Nogueira Moreira Lima, estudante de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O jovem de 23 anos foi detido pela polícia em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, e confessou os crimes. No momento da prisão, o estudante estava com três menores dentro de casa. Na residência, a polícia ainda encontrou objetos eróticos e fotos de Diogo fazendo sexo com crianças. Segundo informações da família, o estudante pretendia seguir a carreira de pediatra.

No mesmo dia, na cidade de Itamaraju, no extremo sul do estado, foi preso o técnico em eletrônica Guilherme Pires, de 58 anos, acusado de ter violentado sexualmente uma garota de 12 anos. A polícia diz que a vítima informou o nome de outras duas meninas que também teriam sido violentadas por ele.

Os policiais informaram que as três adolescentes prestaram depoimento. A jovem que foi encontrada dentro do banheiro da casa de Pires passou pelo exame de corpo de delito. Segundo informação da Polícia Civil, foi constatado que houve abuso sexual.

Em depoimento à polícia, o acusado confessou o crime e contou que pagava, em média, R$ 5 para manter relações com as meninas. Ele está preso em uma cela individual, enquanto a polícia continua com as investigações. Antes, ele havia negado as acusações, dizendo que as adolescentes estavam prestando serviços domésticos.

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