Política

Após almoço com Marta, Boulos diz que PT definirá chapa e que vai levar ex-prefeita para encontro com movimentos sociais

Marta, que saiu do PT em 2015, aceitou ser candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Boulos.

14/01/2024 às 09h09, Por Dilton e Feito

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Guilherme Boulos e Marta Suplicy
Foto: Reprodução/ Instagram

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) almoçou neste sábado (13), na capital paulista, com Marta Suplicy (sem partido), que aceitou ser sua candidata a vice-prefeita. Ele afirmou que o PT vai definir a composição da sua chapa.

Boulos chegou de Celta, por volta das 14h, ao prédio da ex-prefeita de São Paulo e agora ex-secretária da atual gestão Ricardo Nunes (MDB), na Alameda Franca, nos Jardins, bairro nobre da capital paulista.

O almoço sela o anúncio de que Marta será vice de Boulos na disputa pela prefeitura de São Paulo mesmo sob desconfiança de parte da militância do Partido dos Trabalhadores (PT).

Marta aceitou ser candidata após conversa com o presidente Lula. Na segunda-feira (8), o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que também estava presente no almoço deste sábado afirmou que o “caminho está posto” para que Marta retorne ao PT.

Na saída, Boulos conversou com os jornalistas e afirmou que o PT vai definir a chapa e que Marta agrega muito ao projeto.

“Os próximos passos, seja da filiação dela ao PT, formalização da chapa, vai ser feito pelo diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, com certeza com a participação do Rui, de várias outras lideranças, sabendo o seguinte: a Marta agrega profundamente para o projeto que nós estamos construindo na cidade de São Paulo”, disse.

Preocupado com a resistência de parte da militância do PT e do PSOL ao nome de Marta, o pré-candidato a prefeito de São Paulo disse que levará a ex-prefeita a encontros com movimentos sociais.

“Feita a filiação no Partido dos Trabalhadores, eu vou levá-la para um encontro com os movimentos sociais da cidade de São Paulo para que tenha essa reconexão da Marta de volta ao PT e retome sua relação com movimentos sociais, provavelmente já em fevereiro, um encontro nosso com os movimentos sociais.

“As diferenças políticas, críticas que fiz a ela, que ela fez a mim, isso só mostra que é uma aliança que amplia, não é uma aliança de duas pessoas que pensam da mesma forma. Já tivemos divergências, como, inclusive na eleição passada, vários partidos que hoje estão conosco eram adversários”, completa.

Em nota divulgada depois do almoço, Marta disse que se sentiu honrada com a visita e divulgou manifesto da Frente Ampla.

“Recebi em minha residência, neste sábado (13 de janeiro), e me sinto muito honrada com a vinda de Guilherme Boulos e sua esposa, Natália, os amigos e companheiros de lutas Rui Falcão e sua esposa Cris. Nesta oportunidade, resgato o Manifesto Frente Ampla, que foi lançado nesta mesma residência. É a expressão do que esta reunião representa.”

“A cidade de milhões de refugiados das secas, não vai se refugiar no silêncio quando tanta gente precisa da sua voz marcante. Não, nós não vamos e não podemos fugir desta missão, São Paulo. A gente implora à sua alma vanguardista: vamos caminhar juntos pra manter o seu e o nosso espírito de liberdade e respeito vivos!”, diz início do manifesto.

Refiliação


O PT em São Paulo bateu o martelo na sexta-feira (12) sobre o ato de refiliação da ex-prefeita Marta Suplicy à legenda. O evento acontecerá em 3 de fevereiro, na capital paulista, com a presença de Lula. O local e o horário ainda estão sendo discutidos pelo Diretório Municipal do partido.

Ex-secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), Marta atualmente está sem partido. Ela se desfiliou do PT em 2015, depois de 33 anos, no auge da Operação Lava Jato.

A ex-prefeita deixou a sigla afirmando que a sigla tinha protagonizado “um dos maiores escândalos de corrupção da nação brasileira”.

Na época, Marta estava rompida com a então presidente Dilma Rousseff (PT) e votou a favor do impeachment dela no Senado, em 2016, mesmo tendo sido ministra da Cultura da gestão petista.

Fonte: G1

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