Saúde

Aos 115 anos de idade, moradora do bairro Gabriela impressiona com saúde e disposição

Ela nasceu no município de Miguel Calmon, no distrito de Itapura Mucambo, zona rural, e mora com os parentes em Feira de Santana há cerca de 16 anos.

06/05/2022 às 06h44, Por Andrea Trindade

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Laiane Cruz

Chegar aos 100 anos de idade é algo que muitas pessoas desejam. Mas alcançar essa fase da idade gozando de boa saúde e muita alegria, com certeza, é ainda melhor. E assim tem sido com a idosa Maria Joana de Souza, que aos 115 anos de vida mora com uma das netas no bairro Gabriela, em Feira de Santana, e tem uma disposição que impressiona a quem conhece.

A neta de Dona Maria, Marta Janete de Souza, revelou em entrevista ao Acorda Cidade que a avó é super saudável e come de tudo um pouco. Ela nasceu em 1906, no município de Miguel Calmon, no distrito de Itapura Mucambo, zona rural, e mora com os parentes em Feira de Santana há cerca de 16 anos.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
 

“Ela vivia com a filha dela há muitos anos e quando ela adoeceu, há mais de 16 anos, eu fui buscá-la para ela conviver conosco, porque a única parente que ela tinha era minha mãe. E eu a trouxe para conviver conosco e está aqui até hoje. Graças a Deus que tem saúde. E é um privilégio Deus dar uma missão para cuidar de uma pessoa nessa idade”, relatou Marta Janete.

Também em entrevista ao Acorda Cidade, Maria Joana contou animada como era sua vida na roça quando ela era jovem e como gostava de plantar. “A vida na roça era trabalhando, na enxada, plantava feijão, mandioca. Não saía da roça, não largava minha roça por nada, e quando eu saia uma semana já chorava”, relembrou a idosa centenária.

Apesar das boas lembranças que tem daquele período, Maria Joana diz que já se acostumou à vida na cidade com a sobrinha, que cuida bem dela e com muito carinho. Para a neta Marta Janete, no início, quando a avó veio morar com ela, foi preciso readaptar a sua rotina. Mas aos poucos, a rotina foi se encaixando com o apoio de mais duas ajudantes.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
 

“A rotina dela é assim: às vezes, ela acorda cedo e às vezes ela não, dorme até 12h, depende como a gente deixa também e come de tudo. Quando eu peguei ela, foi muito difícil a adaptação, porque eu não podia deixar o trabalho e viver somente cuidando dela. Mas depois foi se ajustando a todas as situações e eu consegui vencer, a gente se organizou e conseguiu dar conta de tudo”, afirmou.

Segundo a neta, a saúde da avó pode ter relação com o tipo de alimentação que ela tinha quando era mais jovem, vivendo na zona rural.

“Olha no passado ela comia feijão, mas não é aquele feijão que a gente come hoje com essas carnes de sertão com tudo dentro, era um feijão puro só com os temperos e ela comia também fubá que era produzido pisado milho, comia quiabo e a carne era comprada naqueles marchantes de antigamente. Ela não comia arroz, macarrão, esses biscoitos que a gente come hoje, comia um biscoito parecendo lajotão, que era grandão e cortado em vários pedaços, não comia pão. Ela comia tudo mais natural.”

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ela ressalta que tenta manter essa alimentação saudável a avó Maria Joana, fornecendo alimentos com pouco sal e pouco açúcar. “Graças a Deus ela tem saúde, mas mesmo assim eu mantenho a alimentação com pouco sal, pouco açúcar, já que ela não tem, não quero que ela venha ter, então a gente usa pouco em tudo aqui em casa para que ela continue com a saúde plena até o dia que Jesus chamar.”

Marta Janete acredita que apesar de toda a luta diária, recebeu de Deus a missão de cuidar da avó e respeita o tempo dela em tudo que faz no dia a dia.

“É uma luta diária, porque tem o trabalho, mas graças a Deus, Ele colocou Mariana e Jacira que me ajudam na diária de olhar ela, quando estou de serviço. Mas é tudo como Deus permite na nossa vida, e é uma missão que tem que ser cumprida na terra, porque um dia ela cuidou de alguém, e hoje nós temos que cuidar dela. O estado de saúde dela é bom, não tem pressão alta, não tem diabete, não se queixa de nada. E não tem aquela lucidez, mas pela idade a gente respeita tudo isso.”

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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