Oficina de poema será realizada neste sábado (17) em Feira de Santana

Por: Jefferson Araújo

A oficina de poesia “Feirema: Um poema diferenciado” será realizada neste sábado (17) a partir das 17h no Museu de Arte Contemporânea (MAC) em Feira de Santana. O evento, com entrada gratuita e que contará com entrega de certificados, é mais uma realização do Movimento Poético Geração de 20.

A oficina será ministrada por Dee Mercês, Ronaldo Agrestino e Ana Beatriz Nascimento, estudantes do curso de Letras da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). O trio de colegas é responsável pelo evento, que tem como público-alvo poetas e pessoas interessadas em literatura.

“De tempos em tempos surgem novas formas poéticas para renovar a arte literária e trazer novas perspectivas de escrita para as pessoas poetas. Este fato pode ser comprovado na nossa literatura brasileira através da revolução do movimento modernista, que questionou as formas clássicas de produção artística na primeira metade do século XX. Desde então, no caso dos poemas, eles deixaram de ser escritos exclusivamente sob formas fixas e passaram a ser escritos de formas mais livres, sem se preocupar com a quantidade de sílabas poéticas, versos e estrofes, e a rima obrigatória, por exemplo”, afirmou um dos organizadores da oficina.

Feirema

Segundo a coordenação do evento, o Feirema é um poema que contém título univocabular, ou seja, o título deve ser apenas uma palavra e o corpo do poema deve conter apenas dois versos, formando uma única estrofe. O primeiro verso deve conter sete palavras e o segundo verso cinco palavras.

O título curto é indispensável, pois é a síntese precisa do texto conciso. Na condição de uma forma poética pequena, sua escrita é feita em minúsculas, configurando-se como um poema minimalista.

Por surgir da junção de partes das palavras “feira” e “poema”, sua abordagem temática deve girar em torno do “pertencimento” a algum lugar, grupo, comunidade e afins, explorando memórias da infância, juventude, vivências diárias nos espaços urbanos ou rurais, explorando os sentimentos que permeiam o lugar de pertença do sujeito poético.

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