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'A Amazônia precisa ser protegida', diz secretário-geral da ONU

Nesta quinta-feira (22), Organização Meteorológica Mundial defendeu a utilização dos sistemas de monitoramento por satélite para orientar ações contra as queimadas.

22/08/2019 às 16h40, Por Rachel Pinto

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Nesta quinta-feira (22), Organização Meteorológica Mundial defendeu a utilização dos sistemas de monitoramento por satélite para orientar ações contra as queimadas.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse nesta quinta-feira (22) estar profundamente preocupado com os incêndios florestais na floresta amazônica. Ele reforçou que não podemos mais arcar com os danos para uma das maiores fontes de oxigênio e biodiversidade.

Por sua parte, a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, afirmou estar preocupada com os incêndios florestais pelo mundo e cobrou ações urgentes. Ela considerou que as florestas são cruciais para enfrentar a mudança do clima.

Além disso, a organização publicou um vídeo falando especificamente sobre as queimadas e como elas afetam não só a flora e a fauna no local dos focos de incêndio, mas também os efeitos que elas produzem na vida de pessoas que vivem longe de onde elas acontecem.

Nesta quinta-feira, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, divulgou comunicado no qual alerta para o impacto dos incêndios florestais na mudança do clima e defendeu a utilização dos sistemas de monitoramento por satélite para orientar ações contra as queimadas.

A jovem ativista sueca Greta Thunberg, que está velejando do Reino Unido a Nova York para uma cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU), disse que "nossa guerra contra a natureza deve acabar".

Pelo mundo, a imprensa deu destaque para o aumento do número de incêndios que foi detectado na Amazônia em suas manchetes.

Imagens da Nasa

Brasil e países vizinhos sofrem neste mês de agosto com o aumento das queimadas. A pluma dos incêndios foi vista em imagens de satélite, tanto aqueles usados pelo Inpe quanto os da Nasa.

Uma área de pelo menos 500 mil hectares já foi consumida pelo fogo na Bolívia, no que já é considerado o maior incêndio de sua história recente. A nuvem de fumaça que sai de Roboré, município do departamento de Santa Cruz, chegou, inclusive, a cidades brasileiras que ficam perto da fronteira boliviana.

Autoridades peruanas informaram na quarta-feira (21) que uma cortina fina de fumaça pode ser vista no país andino. O fenômeno é percebido pela população do Peru após duas semanas de queimadas na região.

No Brasil, de acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de queimadas aumentou 82% em relação ao mesmo período de 2019 – de janeiro a 18 de agosto. Foram 71.497 focos neste ano, sendo que 13.641 ocorreram no Mato Grosso, 19% do total do país.

A Amazônia concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019, segundo os dados do Programa Queimadas.

Chuva preta

Na segunda-feira (19), o céu em São Paulo ficou encoberto por nuvens e o "dia virou noite" a partir das 15h. O fenômeno estava relacionado à chegada de uma frente fria e também de partículas oriundas da fumaça produzida em incêndios florestais.

Análises técnicas feitas por duas universidades mostraram que a água da chuva de cor escura, que caiu naquela noite, contém partículas provenientes de queimadas.

O deslocamento da nuvem de fumaça que chegou até São Paulo foi rastreado por diversos sistemas de monitoramento. 

#PrayforAmazon

Taís Araújo, Leonardo DiCaprio, Lewis Hamilton e outras celebridades nacionais e internacionais usaram suas redes sociais para fazer uma campanha pela preservação da Amazônia e comentaram o número crescente de queimadas na região.

Fonte: G1

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