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Telefones públicos caem em desuso no Brasil

Avanço da telefonia celular resultou em queda na venda de cartões telefônicos em 53% desde 2004.

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Com o avanço dos celulares, a venda de cartões telefônicos caiu 53% desde 2004 no Brasil, os dados são da Anatel (agência do Governo Federal que administra a telefonia no país).  A Oi, empresa de telefonia que atua em Estados como Rio de Janeiro e Bahia, confirma a tendência.

Cerca de 40% dos seus 550 mil orelhões estão ociosos e, de 2008 para cá, as receitas com os aparelhos caíram 70%. Já a Telefônica admite a redução no uso dos orelhões em São Paulo -mas não informa seus números.

REVERSÃO
Os telefones públicos se espalharam no país após um decreto federal de 2003 instituir um plano de universalização, que entrou em vigor em 2006 e determinou a instalação de seis orelhões a cada grupo de mil habitantes.

Hoje, já são mais de 1,1 milhão de telefones públicos no país- 68 mil somente na cidade de São Paulo. Ante a queda na vendas de cartões, porém, esses números também devem cair em breve.
Um novo plano de universalização já é analisado pela agência federal e, caso seja aprovado, vai reduzir, por exemplo, cerca de 18 mil orelhões só em São Paulo.

O engenheiro elétrico e professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Carlos Gianoto, afirma que a ociosidade desses aparelhos está diretamente ligada ao crescimento econômico, que popularizou o celular.
"O uso social do orelhão já não é uma verdade absoluta. Mas as concessionárias são obrigadas a mantê-los."
Em alguns países europeus, a saída foi adaptar cabines telefônicas para acesso à internet. Mas Gianoto é cético quanto à possibilidade da ideia emplacar no Brasil.

"As tarifas precisam ser atraentes para dar certo. Além disso, um executivo com seu notebook já tem banda larga móvel e não precisa do telefone público." As informações são da Folha