Feira de Santana

Secretaria investiga mortes de criança e homem em Feira de Santana com resultados positivos para H3N2

As vítimas estavam internadas e foram submetidas nas unidades de saúde ao teste RT-PCR para diagnóstico de covid-19 e N3H2, que deram positivo para a influenza.

05/01/2022 às 18h35, Por Andrea Trindade

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Acorda Cidade

A Secretaria Municipal de Saúde está investigando a causa da morte de uma criança de quatro anos e um homem de 49, que testaram positivo para a gripe H3N2. A criança morreu no último dia 29 de dezembro Hospital Estadual da Criança (HEC) , tinha uma comorbidade neurológica grave e havia sofrido um acidente de carro, mas só nesta quarta-feira (5) a Vigilância Epidemiológica do município informou o resultado positivo.

A criança foi internada com um quadro patológico de tumor cerebral intracraniano e hidrocefalia. "Logo após a entrada na UTI, ela apresentou sintomas gripais, foi realizado o RT-PCR, tanto para covid-19, como para H3N2, sendo confirmado H3N2", segundo informou a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). O HEC enviou uma nota de esclarecimento sobreo caso. Confira no final da matéria.

Não há muitos detalhes sobre o homem que também testou positivo para a doença e faleceu, mas ao Acorda Cidade, o secretário municipal de Saúde Marcelo Brito, informou que o paciente foi internado no Hospital Geral Clériston Andrade com síndrome respiratória aguda. “Precisamos verificar se realmente foi pelo vírus da influenza, o H3N2. Temos que aguardar, as notícias não são boas e servem para alertar a população”, declarou

Feira de Santana já tem 83 casos confirmados de H3N2. De acordo com a Secom, o município imunizou 186 mil pessoas contra a influenza H1N1. Neste momento, acabou o estoque da vacina contra a gripe em Feira de Santana. Para dar continuidade à vacinação, o município depende de uma nova remessa, a ser enviada pelo Governo Federal – ainda sem previsão de chegada.

A prefeitura de Feira de Santana reitera a importância da população continuar com as medidas de prevenção à contaminação: uso de máscaras, distanciamento social, ventilação de ambientes e vacinação.

"A população não pode brincar com esse assunto. Nós temos visto nas ruas as pessoas negligenciando o uso de máscara, fazendo muita proximidade social. Essa é uma doença, que apesar de menos risco que a covid, ainda assim ela mata, como a gente conseguiu identificar nesse exato momento. Uma criança que tinha comorbidade sim, mas que, também, apresentava o H3N2. Nós temos que alertar a população da utilização da máscara, da utilização dos meios de proteção, como lavar as mãos com frequência, o afastamento de social, a utilização de álcool em gel. Tudo isso é indispensável, ainda mais nesse momento que nós estamos em busca da vacina para influenza e não estamos conseguindo", alerta Marcelo Britto.

Nota de esclarecimento HEC

O Hospital Estadual da Criança (HEC) esclarece que a paciente S.S.C deu entrada na instituição em estado grave, em 26 de Dezembro, vindo de outra unidade com diagnóstico de tumor cerebral.

Evoluiu com quadro de coma arreativo, havendo necessidade de abertura de Protocolo de Morte Encefálica (ME) e coletado RT-PCR para Covid/H3N2 como um dos critérios para fechamento desse protocolo, mesmo a paciente não apresentando, em nenhum momento do internamento, sintomas gripais.

A paciente veio a óbito em 29 de Dezembro após conclusão de protocolo de ME e o resultado do exame foi liberado pelo Lacen em 31 de Dezembro. Por esse motivo não consta na declaração de óbito H3N2 como condição significativa que tivesse contribuído para causa da morte. 

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