Busca pela economia

Após o preço da gasolina ultrapassar R$ 6 em Feira de Santana, condutores buscam 'novas saídas'

De Acordo com o secretário executivo do Sindicombustíveis da Bahia, Marcelo Travassos, o último aumento da gasolina foi no dia 9 de outubro, equivalente a 7,16%.

15/10/2021 às 17h18, Por Gabriel Gonçalves

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Gabriel Gonçalves

Em cerca de de 11 meses neste ano de 2021, o preço da gasolina já teve 14 reajustes, representando cerca de 63,3%.

Quem precisa utilizar carro ou moto, está fazendo o possível em Feira de Santana para economizar e não estar todos os dias nos postos de combustíveis.

Ao Acorda Cidade, o motociclista Antônio Jorge Leite disse que a procura está sendo grande em busca de preços menores, mas confessou que não está obtendo êxito.

"Infelizmente a gente precisa se deslocar para locais mais distantes fora do centro da cidade buscando um valor um pouco menor, porque qualquer economia já é válida, mas infelizmente aqui no entorno, o preço está variando desta forma, R$ 6,60, R$ 6,55. Eu estou seriamente pensando em instalar o GNV, já que está sendo necessário ter que economizar aqui em Feira, porque cada dia que passa, a situação vai complicando. Eu tenho uma moto por exemplo, mas ainda assim, não tem jeito, o consumo continua e está ficando fora do normal", lamentou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Para o cozinheiro Caliandro Rocha de Souza, o preço da gasolina deveria ser proporcional ao preço do salário e frisou que para ter um gasto como está sendo no combustível, os brasileiros deveriam ganhar em dólar.

"O valor cada dia vem crescendo e o nosso salário não está acompanhando isso. Nós teríamos que receber em dólar para ver se tinha como respirar, mas a nossa realidade é o real e tá ficando difícil. Infelizmente a gente tem que trabalhar constantemente para utilizar o nosso carro. Não conseguimos ver uma luz no fim do túnel, independente se for da direita ou esquerda, não se encontra uma saída para que possamos ter um preço digno no combustível. Tanto o preço do combustível, como o preço do gás de cozinha que está um absurdo", avaliou.

Para o motociclista Elias Araújo, ver o preço na placa foi como um susto. Acostumando a pagar o valor abaixo de R$ 6, Elias afirmou ao Acorda Cidade que há falta consideração do governo com o povo brasileiro.

"Eu estava abastacendo no valor de R$ 5,75, R$ 5,80 e agora tomei esse susto. Como é uma motocicleta, eu não tenho outra alternativa, é preciso trabalhar bastante para poder abastecer e com isso, nossa situação vai ficando difícil para circular na cidade", disse.

De acordo com o secretário executivo do Sindicombustíveis da Bahia, Marcelo Travassos, o último aumento da gasolina foi no dia 9 de outubro, equivalente a 7,16%.

"O último aumento da gasolina foi no dia 9 de outubro representando cerca de 7,16%. Esse foi o 14º reajuste que tivemos, sendo que 10 foram de forma positiva e 4 negativa, representando 63,3% da gasolina dado pela Petrobras", explicou.

Questionado se o reajuste vai permanecer pelos próximos dias, o secretário informou ao Acorda Cidade que isso depende do comportamento do preço internacional do barril do petóleo.

"Isso vai depender do comportamento do preço internacional do barril do petróleo que hoje se encontra em alta, acima de 80 dólares, e só para que possamos ter uma ideia, um ano atrás, esse preço estava em 40 dólares e do câmbio em relação ao dólar americano, a gente também está com a expectativa no mercado financeiro de alta da cotação do dólar dentro do mercado interno", disse.

Ainda segundo Marcelo Travasssos, o preço da gasolina na Petrobras estava custando R$ 1,81 no dia 1º de janeiro e atualemente, custa R$ 2,95. Na opinião dele, as pessoas que pensam em instalar o Gás Natural Veicular (GNV), são condutores que utilizam o veículo como ferramente de trabalho.

"A tendência da mudança da gasolina para o GNV passa por um processo muito grande, porque essa instalação só é rentável para aquelas pessoas que utilizam os veículos de forma intensiva, a exemplo de motoristas de táxis e aplicativos", concluiu.

Com informações do repórter Paulo José e Maylla Nunes do Acorda Cidade

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