Feira de Santana

Vocalista da banda 'Os Clones' relembra trajetória e agenda lotada no período do São João: 'Melhor época'

Atualmente a banda Os Clones é formada somente por Dudu Santana e Caio Lima, que está morando em Ubaíra. Zezé Junior optou por seguir carreira solo.

24/06/2021 às 06h59, Por Gabriel Gonçalves

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Laiane Cruz

Afastado dos palcos desde que os eventos e festas foram cancelados por conta da pandemia de covid-19, um dos vocalistas da Banda Os Clones do Brasil, Dudu Santana, sente saudades do período em que ele e os amigos Caio Lima e Zezé Junior percorriam diversas cidades do nordeste durante os festejos juninos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o artista relembrou momentos vividos pela banda e como a agenda era lotada no São João. Atualmente a banda Os Clones é formada somente por ele e Caio Lima, que está morando em Ubaíra. Zezé Junior optou por seguir carreira solo.

“Eu tenho sete anos na banda e todo São João nossa agenda era superlotada. É o melhor mês, acredito que para todas as bandas. E todo mês de junho era maravilhoso pra banda Os Clones do Brasil. Se as festas estivessem liberadas, eu acredito que nessa época estaríamos tocando na região de Feira, e é aquele São João gostoso de Jaíba, Humildes, mas infelizmente tem dois anos já longe dos palcos, e a gente não pode nem acender uma fogueirinha pra relembrar os velhos tempos”, brincou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Dudu contou que nesse período, os integrantes da banda praticamente não paravam em casa. Viviam na estrada, faziam dobradinha e até três shows numa noite.

“O trabalho era bem puxado, mas é o que a gente gosta. A gente pensa que achava puxado, mas hoje a gente gostaria de fazer pelo menos um e não pode, é de doer o coração”, relatou.

O artista lembrou ainda do show que mais marcou a sua trajetória como artista, à frente dos Clones.

“O show que mais marcou minha trajetória na banda foi o primeiro show aqui em Feira, com os Clones, na Expofeira, no Parque de Exposição. Foi casa cheia, dia mais lotado, numa quinta-feira, quando a gente gravou o primeiro DVD. A gente rodava esse nordeste todo. Passava um bom tempo no Maranhão, no Piauí, e na Bahia, que é a praia da gente. O que a gente mais sente falta é o contato do público, os shows. Tivemos que nos reinventar porque a gente sente falta da renda que a gente tinha, e não sabemos quando vamos voltar”, destacou o cantor em entrevista ao Acorda Cidade.

Em meio às dificuldades financeiras provocadas pela falta de shows durante a pandemia, o cantor revelou que se mantiveram com as economias e tiveram também que se reinventar, assim como outros artistas.

Segundo ele, está trabalhando em Home Office, na empresa de uma irmã da cidade de Aracaju, e é com esse trabalho que tem conseguido manter a sua família.

“Sei que várias pessoas não tiveram essa chance e tiveram que vender seus materiais, seus instrumentos, então é muito triste uma situação dessa. Agradeço a Deus por estar me mantendo e à minha família até hoje, mas tenho vários colegas que não estão conseguindo”, lamentou.

Ônibus incendiados

Como não bastasse o fato de estarem parados por conta do cancelamento dos eventos festivos, a banda ainda sofreu um grande baque com a perda de dois ônibus, que foram criminosamente incendiados em janeiro deste ano. Nos veículos, estavam materiais de trabalho e instrumentos musicais, que se perderam entre as chamas.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Feira de Santana. Para Dudu Santana, o prejuízo causado pelo incêndio foi incalculável, uma vez que os veículos eram utilizados para transportar a banda.

“A gente fez uma Live pra tentar levantar recursos, mas não chegou nem perto, a gente não conseguiu. Mas agora em si, não estão fazendo falta porque não estamos viajando, mas a gente pensa que quando voltar vai ser muito complicado, porque é um dos materiais mais importantes da banda, que leva a gente pra toda a cidade. Quem está acompanhando de perto as investigações é o Zezé Junior, que era o proprietário dos ônibus, e sempre o delegado liga e passa informações. Estamos mantendo em sigilo pra não atrapalhar, mas creio que ele está no caminho certo e vai pegar esse canalha que fez isso com a gente, essa crueldade”, disse ao Acorda Cidade.

Com a esperança de que toda essa situação causada pela pandemia se resolva em breve, o cantor acredita que a banda terá condições de se refazer e comprar novos veículos. Ele e Caio Lima continuam ensaiando para fazer Lives e algumas composições que surgem em meio à correria do dia a dia.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade 

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