Diretora do Hospital Lopes Rodrigues explica como é feito o atendimento de pacientes com transtorno mental

^{Gabriel Gonçalves}

Ainda existem muitos familiares que ficam com dúvidas de como fazer o encaminhamento de pacientes com transtornos mentais, no município de Feira de Santana. Mesmo com a criação da rede de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o Hospital Especializado Lopes Rodrigues recebe pacientes para realizar o tratamento de todos os lugares.

De acordo com a diretora da unidade, a enfermeira Iraci Leite, atualmente o Lopes Rodrigues realiza dois processos de atendimento aos pacientes, seja pela emergência funcionando 24h ou a internação de pacientes crônicos, conhecidos como moradores.

"A emergência funciona 24 horas de porta aberta, atendendo o município de Feira de Santana, outras cidades do estado, ou até mesmo outros municípios de outros estados, porque muitas vezes a pessoa teve um surto em trânsito, então recebemos através da Samu, Polícia, Via Bahia, ou então é um ônibus que saiu de São Paulo indo para Fortaleza e durante o percurso alguém teve uma crise e essa pessoa é conduzida aqui para a nossa unidade para ser estabilizado em nossa emergência. Se esse paciente for estabilizado durante esse período de 24h, ele é liberado para dar continuidade com o tratamento, caso contrário, é internado por curta duração, o tempo necessário para que estabilize a crise e volte para o convívio da família", explicou a diretora.

Mesmo durante a pandemia, a diretora da unidade informou ao Acorda Cidade que os atendimentos continuaram de forma normal sem muitos impactos.

"As pessoas estavam com medo, tinham receio de procurar os nossos serviços, mas a média foi a mesma comparada ao ano de 2019. Em termo de atendimento que chamou nossa atenção relacionada ao envio de pacientes de outros municípios. São Gonçalo dos Campos mandou 25 pacientes para a nossa unidade, mas apenas três precisaram ficar internados, Coração de Maria mandou 24 pacientes, mas apenas cinco ficaram internado, além de outros municípios como Ipirá, Irará, Amélia Rodrigues, Conceição do Jacuípe, mas por nossa análise, é que a maioria dos pacientes que foram enviados para a nossa unidade tiveram as crises estabilizadas em 24 horas, o que poderia ser feito no próprio município", finalizou Iraci.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade