Feira de Santana

Confira a lista de comorbidades autorizadas para vacinação em Feira de Santana

É necessário apresentar um relatório médico que comprove a existência da comorbidade.

04/05/2021 às 08h56, Por Rachel Pinto

Compartilhe essa notícia

Rachel Pinto

Atualizada em 06.05.2021

Foi iniciada nesta terça-feira (4), exclusivamente na UniFTC, em Feira de Santana, a vacinação contra a covid-19 para grávidas, puérperas, lactantes com comorbidades (maiores de 18 anos), trabalhadores da educação e pessoas com comorbidades acima de 57 anos ou nascidas em 1965.

A vacinação é para a primeira dose e acontece dividida por horários a partir da data de nascimento. Das 8h às 12h serão vacinados aqueles que nasceram entre os meses de janeiro a junho e das 13h às 17h os que nasceram nos últimos seis meses do ano.

Sobre o grupo de comorbidades, o secretário municipal de saúde, Marcelo Brito, em entrevista ao Acorda Cidade na manhã de hoje, explicou que a prefeitura autorizou a vacinação de aproximadamente 100 patologias. De acordo com ele, são muitas doenças que podem ser chamadas de comorbidades e a regra normal é iniciar a vacinação através dos subgrupos de especialidades. No entanto, após ele estudar sobre o assunto, verificou que não havia condições de seccionar esse grupo porque essa explicação ficaria extremamente complexa para que as pessoas pudessem entender. A prefeitura então resolveu autorizar a vacinação para todos os grupos de comorbidades, seguindo apenas a regra da idade, para os nascidos em 1962.

Marcelo Brito frisou também que para vacinação das pessoas com comorbidades é preciso a apresentação de um relatório médico, além dos documentos de identificação, como RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência.

“A orientação, a regra geral é levar o relatório do médico, que não fica quaisquer dúvidas. A lista de comorbidades contempla 24 grupos que envolvem mais de 100 patologias. As vacinas são para quem nasceu em 1962 e à medida que gente tenha um movimento importante hoje, de acordo com a quantidade de pessoas que estão indo vacinar, nós podemos reduzir esse número para amanhã e chegar à 1963 e assim por diante. Vai depender do fluxo de pessoas vacinadas. Vamos dosando a partir disso”, afirmou.

Veja abaixo a lista das comorbidades:

Diabetes mellitus

Qualquer indivíduo com diabetes

Pneumopatias crônicas graves

Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática); e outras doenças que causam comprometimento pulmonar crônico

Hipertensão Arterial Resistente (HAR)

HAR= Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos

Hipertensão arterial estágio 3

PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade

Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade

PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade

Doenças cardiovasculares

Insuficiência cardíaca (IC): IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária

Cardiopatia hipertensiva: Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo)
Síndromes coronarianas: Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras)

Valvopatias: Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras)

Miocardiopatias e pericardiopatias: Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática

Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas: Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos

Arritmias cardíacas: Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras)

Cardiopatias congênita no adulto: Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico

Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados: Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência)

Doença cerebrovascular

Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular

Doença renal crônica

Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.

Imunossuprimidos

Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas; e outras doenças que causam imunossupressão (como síndrome de Cushing, lúpus eritematoso sistêmico, doença de Chron, imunodeficiência primária com predominância de defeitos de anticorpos).

Hemoglobinopatias graves

Doença falciforme e talassemia maior; e outras doenças raras

Obesidade mórbida

Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40

Síndrome de Down

Trissomia do cromossomo 21

Cirrose hepática

Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C

Outras doenças raras que causam deficiências intelectuais e/ou motoras e cognitivas

Doenças raras que causam deficiências intelectuais e/ou motoras e cognitivas como a síndrome Cornélia de Lange, a doença de Huntington.

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade