Feira de Santana

Com risco de casa desabar, família de Eliel da Bala de Gengibre pede apoio para nova construção

Família precisa de material de construção ou ajuda em dinheiro.

07/04/2021 às 07h27, Por Andrea Trindade

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Gabriel Gonçalves

Há cerca de quatro anos, pequenas rachaduras que foram aumentando começaram a fazer parte da estrutura da casa de Eliel Rodrigues, mais conhecido como 'Eliel da Bala de Gengibre'. Bastante conhecido no centro da cidade e dentro dos ônibus coletivos, Eliel perdeu a visão quando trabalhava como rodoviário em Salvador e foi vítima de assalto, sendo agredido nos olhos pelos bandidos (Conheça a história dele aqui).

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Agora, um novo desafio está sendo enfrentado por Eliel e por sua família, que a cada dia vivem preocupados com o risco de desabamento da casa onde moram. Em entrevista ao Acorda Cidade, Edna Souza Ribeiro, esposa de Eliel, informou que inicialmente as rachaduras foram aparecendo por toda casa e agora, o piso está cedendo.

"Essa situação já tem uns quatro anos quando identificamos rachaduras nas paredes e agora o piso está descendo. Cada dia que passa o nosso medo aumenta porque não temos para onde ir", relatou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Com cinco pessoas morando dentro da residência, Edna Souza explicou que já foi feito orçamento para tentar recuperar a estrutura do imóvel, mas segundo as informações dos pedreiros, não há possibilidades de fazer os reparos.

"Nosso maior problema neste momento é a estrutura da casa que está condenada e não temos condições de reformar, por isso que estamos apelando para que a população de uma certa forma possa colaborar, precisamos levantar outra casa e o medo impera todos os dias. Chamamos três pedreiros e eles nos informaram que se fosse apenas reformar com essas estruturas, todo ano eu teria que fazer manutenção porque não era garantido, o alicerce da casa está descendo. Então como eles já condenaram a casa, só o valor do pedreiro, foi R$ 12 mil, fora todo material de construção que a gente vai precisar comprar, então seria um valor de aproximadamente R$ 50 mil no total", explicou.

Segundo Edna, o momento de descansar se torna o mais pavoroso do dia, pois é o momento de total silêncio, onde todos conseguem escutar 'estalos' da estrutura.

"Infelizmente temos que ficar aqui porque não temos para onde ir. São dois filhos menores de 6 e 8 anos e mais a minha filha de 21. Vivemos com medo e quando vamos dormir, escutamos os estalos das paredes e ficamos naquela aflição de desabar por cima da gente, principalmente por cima dos meus filhos", disse Edna ao Acorda Cidade.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Eliel  relatou que durante a pandemia, o movimento das vendas tiveram uma redução, mas para conseguir recuperar a casa, está todos os dias enfrentando novos desafios.

"Eu continuo na minha luta com a venda das balas de gengibre, infelizmente com essa pandemia, as vendas caíram e a gente sabe que o pessoal tem um certo constrangimento, nem todos querem comprar. Muitas pessoas também não estão indo para a rua, somente aquelas que possuem uma certa necessidade, mas o pouco que vendo é abençoado, o que não vendo, também é abençoado, porque a minha maior dificuldade nesse momento é poder ajudar a minha família, Deus livre guarde, estamos dormindo e essa casa venha desabar, essa é a nossa preocupação", afirmou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Julia Beatriz Ribeiro, de 21 anos, enteada de Eliel, foi quem teve a ideia de produzir vídeos e postar a situação da casa nas redes sociais, como forma de arrecadar auxílio ou materiais de construção.

"Alguns amigos me cobraram dizendo, 'olha como está a sua casa, por que você não começar a publicar e falar com as pessoas?' Então eu tive a ideia de gravar vídeos, editei junto com meus irmãos e publicamos no YouTube, Facebook, Instagram e compartilhamos nos grupos de WhatsApp desde o mês de março", disse.

Com divulgações sendo realizadas todos os dias, Julia informou que até o momento, só foi arrecadado R$ 50, mas destacou que nesse momento, o material de construção será uma grande ajuda.

"Até o momento conseguimos arrecadar R$ 50, porém não estamos focando nem no dinheiro e sim no material de construção que será uma grande ajuda, caso a população não tenha como ajudar", explicou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Como ajudar a família de Eliel:

Contato:

Edna Souza Ribeiro (75) 98234-3615
Julia Beatriz Ribeiro (75) 98106-3344

Transferência bancária

Pix: (75) 98234-3615
Agência da Caixa / Edna Souza Ribeiro – 0068 013 0049577-0
Agência da Caixa / Julia Beatriz Ribeiro – 3138 013 0056280-8

Leia também: 

Vítima da violência urbana, deficiente visual muda a rotina de trabalho e passa a vender balas de gengibre pela cidade

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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