Delícias da Páscoa

Confeiteiras apostam na produção de ovos de Páscoa diferenciados para aumentar lucros

03/04/2021 às 16h34, Por Gabriel Gonçalves

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^{Laiane Cruz}

Para muitas pessoas, a Páscoa é um dos momentos mais esperados do ano, sobretudo as crianças. E quem não gosta dessa época, cheia de doces, ovos de chocolate, e sabor de infância. Para os chocólatras então, é o período dos sonhos. Mas, enquanto muita gente aguarda esse momento para se deliciar com guloseimas, outras colocam a mão na massa para alavancar ainda mais os seus negócios.

Para a confeiteira Isabela Almeida, que tem uma doceria no bairro da Cidade Nova, em Feira de Santana, e há 7 anos trabalha comercializando doces e bolos variados, a Páscoa é o melhor período do ano para ganhar dinheiro. Em entrevista ao Acorda Cidade, ela contou que começou a vender as delícias há três anos, para incrementar a produção que já tinha. No primeiro, as encomendas de ovos foram pequenas, já no segundo ano, a produção ultrapassou as expectativas mesmo em meio à pandemia.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Trabalho com ovos de Páscoa há três anos. O primeiro ano foi na minha casa ainda, eram encomendas ainda modestas, poucas quantidades, o segundo já foi na loja. Ano passado, recebemos uma média de 300 encomendas, acabaram as embalagens e a gente tentou comprar mais porque a demanda foi muito alta, logo no início da pandemia, e esse é o nosso terceiro ano. Estamos acreditando que vamos superar o ano passado”, afirmou a empreendedora.

Os ovos vendidos na doceria de Isabela, são os ovos gourmet, aqueles que se come de colher e tem sabores variados, à escolha do cliente. “São ovos de colher, pra quem prefere quantidade e qualidade. A gente oferece ovos que não deixam a desejar em nada em relação às grandes marcas. O chocolate é puro, com qualidade nobre, super saboroso, que vale muito à pena o investimento. A gente tem uma tabela bem variada com mais de dez sabores, o cliente escolhe o preferido e a gente monta”, explicou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ainda segundo ela, as encomendas são limitadas, até quando durar o estoque de embalagens. “Essa Páscoa nos planejamos para 400 unidades e vamos pegar encomendas até finalizarmos as embalagens. Tudo sai embalado, a decoração é super cuidadosa, a gente faz uma decoração bem bonita, pra que não seja só um chocolate gostoso, seja uma excelente experiência. A Páscoa durante o ano é quando a gente tira a maior renda. Eu acordo de manhã, passo o dia todo na loja, já chego em casa à noite. Então é o dia todo pensando no trabalho, é bem puxado”, relatou.

A empresária Károle Rodrigues, da confeitaria Bolo de Casa, também viu na Páscoa uma excelente oportunidade para incrementar o seu negócio. Este já o segundo ano que ela investe na produção de ovos de Páscoa tradicionais e nos ovos de colher.

“A 'Bolo de Casa' trabalha hoje com os bolos caseiros, tortas, e diversos tipos de doces, como pudins e agora nesse período a gente entra com o ovo de Páscoa e o ovo de colher, que é diferenciado, porque vem com uma massa de bolo, que dá aquela lembrança do bolo de pote, uma coisa mais caseira e é bem recheado”, afirmou Károle Rodrigues.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Ela contou que a produção de ovos no passado deu muito certo, e por isso resolveu fazer novamente. Um dos sabores mais pedidos pelos clientes é o ovo recheado de banoffe, um doce que tem como principal ingrediente o doce de leite.

“Temos diversos sabores, um bem querido é o banoffe, que a gente vende a fatia e reproduziu no ovo de colher. A gente tem o ovo que vem bolo de cenoura com chocolate, temos com ninho, com nutella, morango, então são diversos sabores. Temos ovos a partir de 30 reais, que são os tradicionais, e os ovos de colher a partir de 60 reais”, informou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A empresária revelou que chega a produzir 200 ovos de Páscoa neste período. Ela conta com uma equipe que intensifica a produção dos doces com antecedência, para conseguir dar conta da clientela na data comemorativa.

“A rotina nesse período é bem acelerada. A gente já vinha produzindo as casquinhas, pra quando chegarem os clientes com pedidos de encomendas e também ter os produtos para os clientes de última hora. Temos uma equipe, e a gente intensifica dias antes, pra no dia a gente conseguir atender a demanda”, disse.