2º turno

Targino declara apoio a Zé Neto, diz que político precisa ter coerência e que tempo do feudalismo já passou

Ele disse que conversou com o governador Rui Costa por cerca de três horas e que tinha escolhido um candidato em quem não votaria de jeito nenhum.

19/11/2020 às 22h26, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Diferente do ex-deputado estadual Carlos Geilson (Podemos), Targino Machado declarou que vai apoiar Zé Neto no segundo turno das Eleições 2020. A declaração foi feita em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19), no auditório de um hotel da cidade. Ele disse ao Acorda Cidade que conversou com o governador Rui Costa por cerca de três horas, durante um almoço, e afirmou que age com coerência em suas decisões.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Essa decisão minha é uma construção de muito tempo, aproximando os olhos para a cidade que muito tem me dado. Apesar de eu não ser filho desta terra, completei no dia 10 de maio apenas 12 anos morando em Feira de Santana. Sou ainda uma criança nesta terra, mas esta terra me transformou no candidato mais votado da história com mais de 42 mil votos. Isso nos faz crescer a responsabilidade com a história desta cidade. Targino passa, mas essa cidade vai ficar e eu quero que nesta cidade fique registrado na história, que o meu movimento neste período de segundo turno em 2020 foi pensando na igualdade, na liberdade, pensando em convergência com as minhas ideias e meus ideais. Político pode perder muita coisa, mas não pode perder a coerência. O meu movimento é coerente com minha história”, afirmou.

Targino disse que tinha escolhido um candidato em quem não votaria de jeito nenhum e que já vinha se aproximando do candidato Zé Neto em nome da cidade.

“Se vocês observarem as minhas narrativas dos últimos 24 meses, vocês vão perceber que entre mim e Zé Neto, foram diminuindo os abismos de sensos e construindo consensos. Não em meu nome e no nome de Zé Neto, porque somos pequenos, mas em nome da cidade que precisamos zelar. Eu já tinha escolhido um candidato para não votar de jeito nenhum que era o prefeito Colbert Martins, apoiado pelo ex-prefeito José Ronaldo, porque eles querem se encastelar em um bem que não é deles. Quem quiser castelo para morar que construa. O tempo do feudalismo e da escravidão já passou e Feira de Santana não pode ficar escravizada numa pauta que não é libertária”, declarou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Targino contou que almoçou com Rui Costa na última segunda-feira (16), após o dia da eleição,  e disse que conversaram sobre a política em Feira de Santana.

“O governador me chamou para conversar sobre Feira, na segunda-feira passada, e me ouviu pacientemente e cuidadosamente, para saber. Ele sabe que eu sou isento. Eu falo sempre sem amarras e ele perguntou como estava a política em Feira de Santana. Eu disse durante um almoço que durou à mesa três horas e meia, tudo o que eu precisava dizer e não disse com intenção de agradar. Eu não falo nada para agradar ninguém, falo para agradar a mim. Não permito que ninguém aumente a distância comigo, falei com o governador como um cidadão que está falando com alguém que foi escolhido para ser o gerente do meu estado. O governador não é mais do que isso. E o prefeito de Feira de Santana não é mais do que o gerente pago pelo povo de Feira de Santana para administrar. Infelizmente quem está no poder há 20 anos começa a se julgar Deus, e Zé Ronaldo, no segundo mandato, pensava que era Deus. Agora, ele não pensa mais, ele já acha que é Deus”, declarou Targino que sempre fez oposição ao governo do estado na Assembleia Legislativa, durante seu mandato como deputado estadual.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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