Entrevistas com candidatos

Carlos Geilson alfineta Colbert e Zé Neto e diz que não se abala com pesquisa

O candidato comentou o levantamento feito pelo A Tarde e divulgado nesta quinta-feira (15).

15/10/2020 às 18h52, Por Brenda Filho

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Orisa Gomes

Terceiro entrevista pelo Acorda Cidade na rodada com os candidatos a prefeito de Feira de Santana, o radialista Carlos Geilson (Podemos) fez críticas à gestão do prefeito Colbert Martins (MDB) e ao deputado federal Zé Neto (PT), representante do governo do estado no município. Também comentou a pesquisa realizada pelo A Tarde e divulgada nesta quinta-feira (15).

O candidato ressaltou ainda que, caso eleito, fará um governo baseado no diálogo com a população, com atenção especial à saúde. Além da construção do hospital municipal, prometeu criar um sistema digital para facilitar os atendimentos.

Com 60 anos de idade, Geilson é radialista há 42. Professor formado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), foi deputado estadual por 8 anos e Ouvidor Geral do Estado. Veja abaixo a íntegra da conversa:

Acorda Cidade – Qual seu projeto de governo para Feira de Santana?

Carlos Geilson – Sobre a saúde, nós fizemos um plano de governo exequível. Coisas possíveis de serem realizadas, se o candidato tiver boa vontade e uma equipe competente para colocar em prática esses planos de governo. Primeiro, você já deve ter ouvido falar sobre a construção do hospital municipal. Entendo que é uma exigência e que o próximo prefeito não deve deixar passar em brancas nuvens. Vamos aumentar o número de leitos hospitalares com a construção do hospital municipal. É o que mais nós ouvimos e a população de Feira de Santana clama, reclama e a todo instante somos procurados por pessoas que têm entes queridos, familiares, amigos… nas policlínicas de Feira, que precisam de regulação para o Clériston Andrade ou para um outro hospital. Às vezes, a pessoa fica 9, 10 dias na policlínica como a senhora Raiane Mascarenhas, que está há quase 10 dias na policlínica da Rua Nova precisando de uma regulação. O hospital municipal ele é eminente.

Outra coisa que precisa implantar em Feira de Santana é a saúde digital. Foi iniciada no governo de Tarcízio Pimenta, mas não foi dada a sequência. Poderemos perfeitamente marcar consultas por aplicativo. Precisamos nos adequar a essa realidade moderna. Marcar consultas, receber exames. Alguém pode dizer: “Mas nem todo mundo ainda domina essa ferramenta” e eu concordo. Mas acho que, desde o início, a gente pode fazer a marcação por aplicativo e presencialmente e, com o tempo, deixar apenas de forma digital. Isso vai agilizar e facilitar a vida das pessoas.

Vamos também criar o bem-estar animal com a construção de uma clínica veterinária. Vamos fazer a chipagem, a castração dos animais. Muita gente tem animal de estimação em casa, adoece e acaba com receio de sacrificar, deixando-o errante pelas ruas e precisa sim de um carinho e atenção especial.

Em nosso governo, vamos implantar, vamos dar foco a redução na fila de exames. Vocês observam que milhares de pessoas sofrem para marcar uma consulta, um exame, então vamos priorizar justamente essa questão.

Vamos criar também o programa de valorização da mulher e o programa de valorização da saúde do idoso. Não é que não exista, existe em vários governos, mas precisamos ter uma atenção e ter um carinho todo especial. Temos para a saúde em torno de aproximadamente vinte itens que são prioridades para o nosso governo, mas estamos elencando alguns, porque precisamos entrar também na área da educação.

Vamos investir na formação continuada do professor e implementar o programa escola em tempo integral. Você deixa seu filho pela manhã e vai buscar no final da tarde. Vamos também ampliar o funcionamento das creches até às 19h, implantar o sistema de reconhecimento facial nas escolas do município, na tentativa de evitar a evasão escolar.

Na agricultura familiar, temos vários objetivos e projetos, mas tem um que além de adquirir para a merenda escolar um quantitativo importante da agricultura familiar, que é criar o festival gastronômico em Feira de Santana, baseando-se prioritariamente em produtos da agricultura.

No desenvolvimento social, vamos fazer o centro de convivência para pessoas com necessidades especiais, programa de assistência ampla e qualificada para a população de rua, implementar o programa de enfrentamento ao abuso de álcool e drogas, como também criar a superintendência de enfrentamento da questão racial.

No setor administrativo, das nossas ideias vou destacar uma que é criar uma ouvidoria municipal. Um call center, onde durante o dia, além das reclamações no Acorda Cidade, outros programas de rádio, vamos ter uma ouvidoria. No final da tarde, vamos estratificar as reclamações e o que o pessoal está mais gritando passar para os nossos secretários, para que, no dia seguinte, eles coloquem em prática e atenda as reivindicações.

Em relação ao desenvolvimento urbano, vamos construir o centro administrativo municipal. Hoje como está, não concordo. Tem uma secretaria aqui, uma acolá, um órgão aqui, um lá e isso acaba, no final do mês, um valor muito alto para manter esses órgãos funcionando. Vamos adequar tudo num só lugar, criar um vetor de crescimento e nesse setor administrativo, além de todas as secretarias e a sede do município e do legislativo, vamos também passar a estação rodoviária. Vamos alterar a rodoviária de hoje, onde ela se encontra, porque acho que ali já não cabe mais e passar para as proximidades desse centro administrativo.

Estamos buscando viabilizar a área na Tomé de Souza. Pretendemos duplicar aquela ligação do Tanque da Nação com a Avenida de Contorno, ampliar o viaduto do 35 BI, que engarrafa, fazer a intercessão no Morada das Árvores versos Sobradinho, Sobradinho versos Jardim Cruzeiro. Estender a Avenida Ayrton Senna até o Aeroporto.

Na área de cultura, esporte e lazer, vamos destacar a implementação do programa bolsa atleta, para os atletas que se destacam e que precisam de suporte do governo do município, além de valorizar os campeonatos de bairros, distritais e também vamos fazer o festival de valorização aos artistas nos bairros. São artistas de bairros, como artistas de rua em Feira de Santana, que terão valorização em nosso governo e os artistas de modo geral.

Outra questão é reorganizar o processo de carga e descarga no Centro da cidade, que é um problema sério, e elaborar o plano diretor de saneamento básico. Vamos também implementar a situação, que hoje é muito comum em Feira de Santana e que as pessoas acabam indo para a prefeitura reclamar, vamos construir as prefeituras-bairros. Não em todo bairro uma prefeitura, mas subprefeituras por zona. Temos 4 zonas na cidade e em cada região vai ter uma subprefeitura. Isso vai acrescentar custos? Praticamente não. Nas regiões administrativas já tem os administradores e nós apenas vamos estabelecer o prédio, onde vai ter o subprefeito, então o governo vai ao povo, não vai esperar que o povo vá ao governo.

Na área de desenvolvimento econômico, se o governo do estado não concluiu o Centro de Convenções, vamos fazer, porque não tem cabimento que uma cidade de 630 mil habitantes não tenha um, isso é uma vergonha, tanto para o governo do município quanto para o governo do estado.

Também vamos facilitar a atração de novas empresas em Feira de Santana, diminuindo a carga tributária.

No meio ambiente, vamos revitalizar as nossas lagoas, que são várias e que estão aí em situações críticas e ao longo do tempo. O município faltou e não deu um carinho todo especial para com o meio ambiente.

Agricultura e recursos hídricos, vamos apoiar os programas, trazer o Senagro para Feira de Santana com a desativação do Centro de Exposições de Salvador.

Na Secretaria de Prevenção à Violência, vamos criar um centro para pessoas que são dependentes químicas em Feira de Santana.

Transporte e Trânsito, vamos fazer a ligação bairro-Centro, que acho que é uma questão que facilita o ligeirinho. As pessoas demoram muito para chegar no centro da cidade e nós precisamos facilitar a vida delas. Isso não é dizer que eu vou acabar com o sistema de transporte circular não. Vamos implementá-lo, dando uma olhada especial para a ligação bairro e Centro.

A comunicação social deve ser totalmente transparente e que haja uma análise criteriosa na distribuição das cotas publicitárias.

Vamos também aproveitar o Parque da Cidade, para criar o bike parque, para que esses atletas tenham um espaço melhor e adequado para a prática do esporte. Também quem faz ciclismo, ali na Nóide Cerqueira, vamos colocar redutor de velocidade nas intercessões daquelas vias com a Nóide, que tem gerado alguns acidentes e vamos dar prioridade a isso.

Vamos também discutir com a sociedade um programa de governo e o nosso programa não é fechado, ele é móvel. Por que é móvel? Porque cada lugar que eu vou eu ouço, analiso, anoto. Nós estamos aqui com folhas de papel escritas, porque em cada lugar pretendemos ouvir a população, fazer aquela ligação Viveiros versus Feira X, que foi um motivo de muitas reclamações daqueles moradores, de modo que nós pretendemos fazer um governo de inclusão social, descentralização do poder e que valoriza a cidadania.

É claro que as grandes obras acontecem e são feitas de concreto e cimento, mas tem obras que você não consegue ver, você consegue sentir, que é justamente a valorização da cidadania, em que o cidadão possa se recompensado. Saber que o recurso que entra no cofre do erário ele volta para a sociedade, para combater a corrupção e investir em novos talentos, pessoas que saem das faculdades sem chances de ocupar cargos importantes no governo do município. Não estou dizendo que vamos descartar os políticos não, mas eles ficarão nos seus devidos lugares e dando espaços para os técnicos, pessoas com a mente oxigenada e que vão chegar para ajudar a administrar.

AC – Saiu uma pesquisa de intenção de votos do Jornal A Tarde, que diz que Zé Neto tem 30%, Colbert 29% e Carlos Geilson 7%. Pela pesquisa do A Tarde, o senhor tinha 9% e caiu para 7%. Pode avaliar?


CG – Toda pesquisa deve ser respeitada, mas a sua metodologia pode ser questionada. A pesquisa é feita por telefone. Os números, são sorteados aleatoriamente. Vamos dizer que o bairro do Tomba, onde tem 65 mil eleitores, tenha sido sorteado três pessoas. Vamos dizer que um bairro menor de população como o Nova Esperança, por exemplo, lá no sorteio caiu para serem entrevistadas 8 pessoas. Ele vai dar um resultado desconforme com a realidade que a gente vê e sente. A pesquisa foi induzida? não. A pesquisa é mentirosa? Não. A metodologia é que não corresponde e não atinge o eleitorado.

O distrito de Humildes, onde o deputado Targino Machado (DEM) é majoritário, então digamos que lá em Humildes tenha caído apenas duas pessoas, mas um outro distrito, Jaíba, por exemplo, tenha caído cinco pessoas para serem entrevistadas. Então, quando você somar isso vai dar um resultado que não corresponde porque a pesquisa deve ser feita da seguinte maneira: No bairro do Tomba, a maior zona da cidade, a zona sul, deve ter um quantitativo maior de pessoas entrevistadas. Campo Limpo, zona norte, segundo bairro mais populoso, deve ser a região que tenha o segundo quantitativo de eleitores mais entrevistados. Aí você vai ter uma estratificação mais próxima da realidade.

Não me incomodo com esses resultados de pesquisa, porque é totalmente adverso do que foi publicado no Jornal A Tarde. Volto a frisar a respeito a metodologia, mas ela não contempla o sentimento do eleitorado de Feira de Santana. Tenho dito que quando o candidato não é bom, o padrinho não ajuda. Isso pode ter certeza que nas urnas, vamos ter um resultado totalmente contrário do que está sendo publicado. Faltando um mês para as eleições, é aí que o bicho pega realmente e que você, no dia 16 de novembro, faça uma análise e veja o quanto essa pesquisa vai estar desconforme com os dados das urnas. O eleitor muda de humor, muda de opinião, do sábado para o domingo. Quantos decidem votar na hora que vão para as urnas? Nós estamos nos oferecendo como uma possibilidade de quebrar essa hegemonia de um lado e outro. O candidato do governador, o candidato do ex-prefeito José Ronaldo, vamos quebrar isso, mostrando que nós temos capacidade, temos planos de governo e facilidade de dialogar, porque eu, prefeito Carlos Geilson, não serei oposição a Rui Costa, mas Colbert será oposição a Rui Costa. Zé Neto será oposição radical ao presidente Bolsonaro. Eu vou sim dialogar e procurar apoio do presidente Bolsonaro.

Estamos oferecendo a possibilidade de ter um prefeito que possa dialogar muito bem, tanto com o governador, quanto com o presidente. Nós vamos precisar, porque o ano de 2021 será extremamente difícil para os cofres da prefeitura de Feira de Santana. Essa farra que estamos observando agora, essas obras em cima das eleições, para o ano vão faltar. Muitas não serão concluídas, porque vai faltar dinheiro no cofre da prefeitura.

AC – O senhor esperava o apoio do governador Rui Costa?

CG – Você sabe, o petista sempre vota no Petista. Mas quem me convidou para ser candidato a prefeito foi o governador Rui Costa, não fui eu que mudei de opinião. Nós estamos provando e vamos mostrar que a eleição é municipal. Quem pode ganhar a eleição tem que mostrar que tem farinha no saco. Zé Neto foi apadrinhado por Wagner, pelo próprio Rui Costa, por Lula, Dilma e “levou taca” pelas urnas de Feira de Santana. Isso quer dizer, que o eleitor de Feira vai definir de acordo com as suas conveniências, de acordo com o que ele consegue e sente de concreto, identificar quem pode melhor governar o município. Eu, com certeza, serei um prefeito de diálogo, não dos gritos, dos berros de perseguição aos companheiros, como também não serei um prefeito fechado, lacrado e nem enclausurado no gabinete, isso você pode ter certeza.

AC – O senhor se sente preparado para governar uma cidade do porte de Feira de Santana? Quais são os maiores desafios?

CG – Tenho 60 anos, com o tempo que tenho de rádio, conversando, dando voz e vez ao povo, os grandes desafios, eu encontro, sim. Você não só tem que estar preparado intelectualmente, mas, acima de tudo, emocionalmente, porque você vai encontrar uma cidade com problema no transporte coletivo, com problemas na área da saúde, da educação, Feira tem uma nota ridícula no Ideb, abaixo da nota mínima. Você vai encontrar uma cidade com problemas terríveis na mobilidade urbana e você tem que ser, ao mesmo tempo, psicólogo para entender as reivindicações da população, estar ciente dos problemas, mas, acima de tudo, saber que o povo precisa ter voz, ter vez e você tem que ter altivez, para entender o clamor da população.

Se o prefeito não tiver esse discernimento, ele não será um bom prefeito, não tenha dúvidas, e o povo, quatro anos depois, vai se mostrar arrependido, porque votou em um prefeito ditador, que governa pelo totalitarismo, sem dar voz à população. É isso que defendemos em nosso programa de governo, a descentralização do poder.

AC – O senhor falou em padrinhos, cada um tem um e o seu padrinho é o ex-deputado Targino Machado, já que foi caçado e acaba de perder o mandato. Você acredita que essa acusação pode atingir a sua candidatura?

CG – Na verdade, Targino não é meu padrinho, é parceiro, é amigo de dividir sonhos para Feira de Santana. Essa cassação do deputado, ela é de forma precipitada e abrupta, porque tem outros na frente dele que não foram julgados. Não é só Targino que tem esse trabalho social. A diferença dele para os outros é que alguns só fazem isso na época de eleição. Tem candidato a vereador que está fazendo isso nos bairros. A diferença de Targino para os outros, é que ele faz isso ao longo dos anos, desde quando ele se formou que tem esse trabalho social. Outros, que fazem esse tipo de trabalho, em época de eleição, acabaram sendo perdoados pelo Ministério Público, pela Justiça Eleitoral de um modo geral.

Quando você fala que isso atinge a nossa candidatura, não. As pessoas sabem perfeitamente diferenciar a nossa forma de fazer a política, que é notadamente uma pessoa que veio do rádio e um deputado que fez o trabalho ao longo dos anos. Acho que foi uma perseguição política e eu lhe pergunto e devolvo a pergunta. Se Targino Machado tivesse se dobrado e aceitado a imposição do grupo político, você acha que o julgamento dele ia acontecer assim de forma precipitada ou ele teria vozes importantes em Brasília em sua defesa?

AC – O que o senhor vai fazer sobre a segurança pública, a Guarda Municipal e a alta criminalidade em Feira de Santana?

CG – Notadamente, segurança pública é um quesito que o governo do estado vai muito mal em Feira de Santana. O deputado Zé Neto tem culpa nesse problema da segurança, não tem como tirar as impressões digitais dele, porque é ele que indica delegado, comando da polícia militar, enfim. Todas as indicações passam pelo crivo do deputado. A segurança pública vai muito mal e o tráfico tomando conta dos bairros.

Em relação a Guarda Municipal, vamos estrutura-la. Fiz um compromisso com os concursados de chamar 50% deles, que estão na fila de espera. Fiz também o compromisso de equipar a Guarda Municipal e o futuro comandante da Guarda será escolhido de lista tríplice. Eles vão se reunir, me apresentar três nomes, eu os entrevistarei e o que mais agradar e tiver o perfil para comandar a Guarda, será escolhido. A Guarda precisa ter sua autoestima resgatada, louve-se também que no governo de Tarcísio Pimenta, a Guarda deu um salto e isso tem que ser reconhecido aqui, mas depois, a Guarda se retraiu por falta de investimentos e apoio do gestor do município. Nós vamos trazer de volta esta autoestima e valorizar a Guarda Municipal, que é importante na preservação dos bens públicos e pode, perfeitamente, atuar como um braço na ajuda da segurança pública.

AC – Os candidatos estão anunciando a construção do hospital municipal. Ouvi as pessoas questionando que o problema não é construir o hospital, é mantê-lo. Tem orçamento para isso?

CG – Tem orçamento, sim. Outras cidades do porte de Feira de Santana tem e outras cidades com o porte menor também tem hospital municipal. Se as outras cidades tem, porque que nós não temos condições de ter? Quando você fala das dificuldades, sim. Vamos cortar gastos, cortar o dinheiro que tem saído pelo ralo, fiscalizar a aplicação do recurso e vai ter dinheiro para aplicar na saúde. A saúde tem que ser prioridade. O cidadão está gritando agora na Rua Nova, no Feira X, no Campo Limpo, na Mangabeira, na Queimadinha, por falta de espaço de atendimento em uma policlínica, numa UPA. Ora, tem cidades bem menores que Feira que têm hospital municipal, por que Feira não tem condições?

Vamos pegar esse orçamento, reestudar e o que for para a saúde será ampliado. Vamos buscar os vetores de jogar o dinheiro para a saúde, porque a saúde no nosso governo é prioridade e saúde de qualidade é o que o cidadão merece. O cidadão que está numa policlínica agora, o familiar fica ligando para Zé Neto, para ver se ele consegue colocar no Clériston Andrade. Isso tem que acabar. Não tem que ser favor do político não. É obrigação do estado e do município fornecer saúde de qualidade.

AC – Quais são as considerações finais do senhor, candidato?

CG – Quero ser prefeito de Feira. Não um prefeito da linha radical, um prefeito que vai estar a serviço do governador ou um prefeito que vai estar à serviço do presidente da República, mas um prefeito que vai buscar sim, um entendimento e um diálogo com o governador. Um prefeito que vai buscar parcerias para as grandes obras que Feira de Santana precisa com o presidente da República. Um prefeito que vai até você e vai descentralizar o poder. As obras, precisam passar pela consulta popular, notadamente as grandes obras que mexem com a vida do cidadão. É esse o meu compromisso para governar essa cidade.

Temos um candidato que está há quatro eleições, desde o século passado, tentando se viabilizar prefeito. Um outro, que também já vem há muito tempo tentando sentar na cadeira de prefeito e sentou por convergência do destino. Está na hora da gente experimentar algo novo. Se eu não corresponder a sua expectativa como prefeito, serei julgado em 2024, mas quero ter essa oportunidade de mostrar que um homem que veio da zona rural, filho de um vaqueiro e eu uso o chapéu de couro no programa eleitoral e nas minhas andanças pela cidade, não por moda, mas para homenagear o meu pai. Um homem de 85 anos, vaqueiro que com todas as dificuldades, criou quatro filhos. Um homem que há 14 anos luta bravamente contra um câncer de próstata. Eu tenho que homenageá-lo agora em vida. Onde ele está lúcido, produzindo, trabalhando e esse grande homem que tem servido de inspiração no dia a dia.

Quero ser prefeito para dar voz e vez a periferia da cidade. Ao longo do tempo como radialista, emprestei a minha voz para ser a sua voz, assim como (Dilton) Coutinho faz hoje no Acorda Cidade. Não quero ser o prefeito dos ricos, tenho dito, vou governar para os ricos, mas com uma atenção especial para os pobres, porque esses são desassistidos. Os ricos têm condições financeiras, têm plano de saúde bom, tem boas moradias, moram em locais com segurança. O pobre mora na rua onde o esgoto passa a céu aberto na sua residência. O pobre é aquele que fica na fila tentando conseguir marcar uma consulta ou que tem sua mercadoria apreendida no centro da cidade porque o que lhe sobrou, foi ser ambulante ou camelô e ele vive de forma digna na sua profissão e são atividades que merecem um reconhecimento do poder público. Quero ser prefeito, para fazer uma nova história em Feira de Santana. O homem da zona rural, filho do vaqueiro e da professora primária. Quero ser prefeito para dignificar e honrar ao seu voto. 

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Colaborou a estagiária Maylla Nunes 

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