Turismo

Pesquisa da Secult revela Salvador entre as cidades mais procurada para viagem no pós-pandemia

Pesquisa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo aponta Salvador como um dos destinos mais desejados para viagens após pandemia do novo coronavírus.

05/09/2020 às 15h56, Por Andrea Trindade

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O cenário do turismo pós-pandemia ainda é um mistério. Mas, as viagens nacionais têm a tendência de crescer cada vez mais nesse período. No Brasil, as pesquisas para programação de viagens pós-pandemia já trazem esperança para as empresas relacionadas ao turismo.

Um levantamento feito no mês de maio mostrou que mais da metade dos brasileiros entrevistados pretendiam viajar após a pandemia. Porém, a maior parte afirma que irá viajar menos após esse período, assim como temem que as viagens ficarão mais caras.

Os destinos nacionais se tornam os mais procurados

A tendência das viagens nacionais aparece por vários motivos, seja a lazer ou por necessidade (médica/trabalho). Por conta de a propagação do vírus ser mais fácil em aglomerações, as viagens nacionais são mais atraentes por necessitarem de menor tempo viajando, ou seja, menos tempo em um avião fechado, por exemplo.

Além disso, os brasileiros ainda são persona non grata em alguns países como os Estados Unidos e alguns países da Europa, que estão proibindo turistas brasileiros em seus territórios, alegando que o Brasil está falhando no controle da doença no país.

A alta do dólar também vai contribuir com que as viagens nacionais cresçam, por causa da crise, a moeda americana tem tido cotação bem elevada. No começo do ano, o dólar girava em torno dos 4 reais, chegando até mais de 6 reais durante a pandemia.

As cidades mais procuradas para viagem pós-pandemia

Dentre todos estes motivos, não é de se surpreender que os destinos mais procurados para as viagens pós-pandemia sejam nacionais. O troféu fica com Salvador, no estado da Bahia, que aparece como o lugar mais procurado para as viagens pós-pandemia.

A pesquisa foi realizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), e mostra que a capital baiana tem a liderança nas intenções de viagens, seguidas de Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza.

Se tratando dos estados, a Bahia também é a campeã das intenções, com quase 20% dos votos das pessoas entrevistadas. São Paulo e Rio de Janeiro ocupam a segunda e terceira colocação. Dentre as pessoas entrevistadas, a maior parte reside no estado de São Paulo, com quase 27% dos participantes, seguido do Rio de Janeiro com quase 16% e Minas Gerais, com quase 15%.

Dentre as pessoas entrevistadas, mais da metade nunca visitou Salvador, enquanto a outra parte deseja ir à capital baiana novamente. Para o secretário da Secult Pablo Barrozo, o sucesso da cidade se dá por Salvador ser atrativa para os turistas, além de ter passado por uma série de melhorias em sua infraestrutura nos últimos anos.

Existem várias obras de melhorias programadas para a cidade, com algumas tendo início mesmo durante a pandemia.

O que fazer em Salvador?

A capital baiana tem em seu cardápio de atrações belas praias, como a Praia do Porto da Barra, lar do famoso Farol da Barra. Além disso, a cidade é recheada de construções históricas como o Elevador Lacerda, e locais mundialmente conhecidos, como Pelourinho, considerado Patrimônio Histórico da ONU.

As igrejas com arquitetura barroca histórica também merecem a visita, como a Igreja de São Francisco e a Basílica do Senhor do Bonfim. A cidade também conta com muito artesanato do povo baiano, exposto no maior shopping de artesanato do Brasil, o Mercado Modelo.

Salvador também conta com atrações culturais como o Museu de Arte Moderna da Bahia e o Palacete das Artes.

O que o setor de turismo terá de fazer para atender essa demanda

Setor que tem sido um dos mais afetados pela crise, o turismo tem de se preparar para atender a potencial demanda. Em comparação ao ano passado, o turismo estima uma queda de mais de 80% em seu faturamento desde o começo da quarentena. Só na segunda quinzena do mês de março, estima-se que o Brasil tenha perdido quase 12 bilhões de reais no setor de turismo.

Empresas que não trabalhavam com o turismo interno, passam agora a realizar viagens nacionais e, as que já operavam dentro do território brasileiro, estão pensando em melhorias e investimentos para fortalecer seus serviços e trazer ainda mais facilidades atrativas para os turistas.

Enquanto a vacina não chega, todo o setor terá de se adaptar. Reforço na higienização dos ambientes, funcionamento com capacidade reduzida, além de garantir o distanciamento social adequado e evitar aglomerações. Além disso, desde o período de quarentena, as contratações de seguro viagem nacional vem crescendo, tendo um índice de 34%, enquanto a média era de 25% antes da pandemia.

Isso mostra o quanto os brasileiros estão preocupados com a sua segurança e bem-estar, enquanto pratica o turismo doméstico. Mesmo com um cenário que se mostra positivo, a previsão é que o processo de “retomada” do turismo seja lento, necessitando muito cuidado e colaboração das empresas e dos próprios viajantes, para garantir a segurança de todos os envolvidos.
 

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