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Caminhos para servir

Ele respeita e promove nossa liberdade, fazendo-nos discernir sua vontade e o modo de vivermos a vocação.

17/08/2020 às 11h00, Por Maylla Nunes

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O mês de agosto é dedicado, nas comunidades cristãs, à reflexão sobre a vocação que Deus confia a cada um de nós. Procuremos conhecer a beleza do chamado que Deus nos faz. Ele respeita e promove nossa liberdade, fazendo-nos discernir sua vontade e o modo de vivermos a vocação.

A PRIMEIRA vocação, o primeiro chamado, o primeiro dom feito e concedido por Deus é a vida. Chamados à vida, nenhum de nós nasce por acaso e nenhum de nós é descartável. E pelo Batismo, nós cristãos, recebemos uma dignidade ainda maior: somos filhos e herdeiros. Tudo o que é de Cristo é também nosso. O Batismo nos dá uma missão: anunciar o Evangelho pela vida, pelo trabalho, pela palavra e pelo testemunho. A vocação cristã exige de todos os que recebem o Batismo o compromisso de serem sinal visível de Cristo no mundo.

PARA REALIZAR essas duas grandes vocações, a humana e a cristã, existem muitos caminhos que, também, denominamos chamado de Deus e, portanto, vocação. São caminhos para servir. Ninguém é chamado a fazer tudo e ninguém é chamado a fazer nada. Cada um é chamado a dar sua contribuição para o bem da sociedade. Todos devem proporcionar felicidade e realização da pessoa conforme os planos de Deus.

CADA PESSOA recebe de Deus uma vocação. É chamada para servir, seguindo caminhos diferentes: uns anunciam o Evangelho pelo matrimônio, outros pela consagração na vida religiosa, outros no ministério diaconal, ou, presbiteral. Existem aqueles que não se sentem chamados a nenhum desses caminhos e dão sentido à sua vida, como leigos consagrados, dedicando-se a uma profissão e a causas nobres em prol da caridade.

O IMPORTANTE é que cada um tenha consciência de sua missão e de que é chamado a colaborar com Deus no cuidado com a Casa Comum, que é o Mundo, e do seu Reino de Justiça, Paz e Solidariedade. Para que isso aconteça, nenhum vocacionado pode esquecer de que é Deus quem chama, a pessoa é quem responde. O chamado é feito para o serviço aos outros.

NINGUÉM é pai ou mãe para si mesmo; ninguém é religioso(a) para si mesmo(a), ninguém é diácono ou padre para si mesmo. Quem traz felicidade e realização ao vocacionado são os destinatários da missão. Quando esses se tornam a razão do exercício de toda e qualquer vocação, o vocacionado descobre o caminho certo da vocação para a qual todos são chamados: a santidade. “ Sede, pois santos, porque eu sou santo” (Lv. 11, 45).

Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
[email protected]
 

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