Feira de Santana

Aumenta número de diagnósticos de sífilis em Feira; camisinha é principal forma de prevenção

Segundo a Coordenadora do programa IST-HIV-AIDS, Vanessa Sampaio, a cada campanha que é realizada no município, é identificado o aumento do número de casos de sífilis.

14/02/2020 às 16h55, Por Maylla Nunes

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Gabriel Gonçalves 

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia divulgou recentemente que nos últimos cinco anos, 396 meninas menores de 14 anos foram diagnosticadas com sífilis na Bahia. Em Feira de Santana, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro Municipal de Referência em Infecções Sexualmente Transmissíveis IST/HIV/Aids, registrou em 2019, no período de janeiro a junho, mais de 300 casos de sífilis adquirida em pessoas de todas as idades.

Segundo a Coordenadora do programa IST-HIV-AIDS, Vanessa Sampaio, a cada campanha que é realizada no município, é identificado o aumento do número de casos de sífilis. “A medida que se vem encontrando mais casos reagentes, é sinônimo de que as unidades de saúde estão notificando de forma correta. A cada campanha que a gente faz, percebemos o aumento do número de casos de sífilis, porque de certa forma ela é deixada de lado e as pessoas não tem tanto receio de contrair, pois é curável, mas existem alguns estágios da sífilis que se torna perigoso e principalmente a sífilis congênita, porque quando o feto não evolui a um óbito, ele pode ter sequelas que podem comprometer a vida inteira”, informou a Coordenadora ao Acorda Cidade.

HIV / Sífilis

Ainda segundo Vanessa Sampaio, os vírus do HIV e da Sífilis são diferentes e precisam ter um acompanhamento de perto no tratamento. Ela explicou quais cuidados o paciente deve ter após o diagnóstico. “O HIV é um vírus que não tem cura, o paciente fica aqui fazendo o tratamento, mas é uma doença que hoje em dia tem muita medicação retroviral fazendo com que esse paciente tenha uma qualidade de vida. Já a Sífilis é uma doença curável com um tratamento simples, hoje a Atenção Básica aqui no município já conta com profissionais treinados e habilitados para realização de testes rápidos e diagnósticos, seja para o HIV ou para a Sífilis. Após o diagnóstico é fundamental que se tenha relações sexuais com preservativo para não transmitir para outra pessoa e aqui no tratamento, vamos acompanhando a sorologia e a quantidade de vírus que ainda tem, só a partir desse momento, que o paciente tem alta”.

Prevenção

A utilização da camisinha nas relações sexuais é considerada a principal forma de prevenção contra as IST’s, como também a gravidez indesejada. Já no caso de gestantes, a mãe precisa realizar o pré-natal, testes e exames preconizados. Caso resulte em Sífilis reagente, é necessário que tanto a mãe quanto o pai realizem o tratamento. 

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