Ciclistas reclamam da falta de segurança na Avenida Nóide Cerqueira

^{Ed Santos}

A Avenida Nóide Cerqueira em Feira de Santana, que tem 8 km de extensão, iniciando na Avenida Eduardo Fróes da Mota até a BR- 324, é a preferida para quem pratica esportes, principalmente caminhada e ciclismo. No entanto, a falta de segurança no trânsito é um grande problema enfrentado pelos frequentadores, principalmente ciclistas, que também pedem melhorias na iluminação.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O Acorda Cidade esteve na avenida para conversar com alguns deles, e encontrou integrantes do grupo de ciclismo Aquática Team. Eles sugerem para a prefeitura a construção de uma nova ciclovia com velocidades de 30 a 50 km e explicaram que um dos motivos da falta de segurança, seria justamente a falta desta ciclovias de velocidade, porque sem ela os ciclistas acabam tendo que transitar no mesmo espaço que os veículos.

^{Cilcista Lucas Maltez (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)}

“Nós que somos ciclistas esportistas, somos carentes de vias com segurança, para desempenharmos os nossos treinamentos. Os motoristas, motociclistas e caminhoneiros que trafegam pela avenida, tem um certo preconceito e não respeitam a gente. Eles atropelam, já causaram mortes e não tem fiscalização. Os carros desenvolvem velocidades de 80 a 100 km e não tem radares em toda a extensão da avenida. Para ciclistas em treinamento é inviável ter segurança quando temos que dividir espaços com muitas pessoas, com carros parados e areia devido às construções”, destaca Lucas Maltez, ciclista desportista.

Ciclista Victor de Oliveira (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)

O ciclista Victor de Oliveira reclama que animais estão na pista também são obstáculos para eles, mas o problema maior é a falta de respeito no trânsito. “A prefeitura deveria tem que promover a segurança dos pedestres, de animais, mas o maior problema é a falta de respeito dos motoristas com os ciclistas. O que o ciclista está precisando no momento em Feira de Santana é respeito. Nos finais de semana, por exemplo, muitos motoristas alcoolizados utilizam a via comprometendo a nossa segurança,” pontuou.

Ciclista Gervásio Dionísio (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)

O outro ciclista ouvido pelo Acorda Cidade é Gervásio Dionisio da Silva. Ele afirmou que no sábado passado sofreu um acidente quando pedalava na Nóide no sentido centro da cidade.

“Eu estava finalizando o treino e quando seguia para uma das tendas dos amigos, o motorista imprudente ultrapassou pela direita e fui tingido, sendo jogado pra cima. Conseguir tirar a minha bicicleta do pátio da Superintendência Municipal de Trânsito toda destruída. Não tive fratura, mas algumas escoriações e um corte na orelha que levou sete pontos. Pedir celular, óculos, bick, tudo foi destruído com a pancada. Graças a Deus só tive escoriações. Vamos amar o próximo um pouco mais”, disse Gervásio.

O que diz a SMT

O Superintendente de Trânsito do Município, Maurício Carvalho, informou que em 2017 foram tomadas várias medidas de segurança, entre elas o fechamentos de dois retornos, depois que faleceu o ciclista Valney Paes de Almeida, de 54 anos. Ele foi atropelado em 16 de maio de 217 por um caminhão quando pedalava sentido centro da cidade.

Ele informou também que vai se reunir com ciclistas para ouvir as demandas e buscar melhorias.

“É evidente que a Avenida Nóide Cerqueira, depois que ganhou acesso a BR-324, aumentou bastante o número de veículos. Há um grupo de ciclista que usam bike speeds – bicicletas que desenvolve uma velocidade maior em piso de boa qualidade e sem nenhum tipo de interrupção. Nesse caso específico, a ciclofaixa da Nóide não atende a esse segmento importante e que por conta do acidente com o ciclista Gervásio no último sábado , vamos fazer uma reunião com o grupo que pratica o speed para ver uma maneira, como ocorre em Salvador – fazer sinalização em determinadas avenidas para determinados horários. Vamos ouvir o grupo e ainda neste mês de fevereiro criar esse espaço específico para o speed”, afirmou.

Velocidade

É muito comum as pessoas fazerem corridas proibidas Nóide Cerqueira, conhecida como Pegas ou Rachas. Na avenida há algumas fotos sensores que fazem com que a velocidade seja respeitada, mas nos trechos onde não tem os condutores desenvolvem altas velocidades.

“Daqui a alguns dias vamos colocar mais um equipamento de fotossensor, e vamos avaliar as demais situações, porque se for necessário vamos colocar outros posteriormente”, afirmou Mauricio Carvalho.

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