Bahia

Mulheres que desligaram aparelhos de irmão após 'visão' e 'ordem' de pastor vão aguardar julgamento em liberdade

Crime aconteceu no Hospital Regional de Guanambi, no sudoeste da Bahia. Irmãs foram presas em flagrante e liberdade foi concedida depois de pedido de relaxamento de prisão.

08/11/2019 às 09h51, Por Rachel Pinto

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As duas mulheres que foram presas em flagrante após matar o irmão ao desligar os aparelhos que o mantinham vivo no Hospital Regional de Guanambi, no sudoeste da Bahia, tiveram liberdade concedida após um pedido de relaxamento de prisão feito à Justiça.

De acordo com o delegado Clécio Magalhães, que investiga o caso, a determinação judicial com a soltura de Zelita Pereira Neves, de 32 anos, e Marliete Pereira Neves, de 41, foi publicada na segunda-feira (4). As suspeitas foram soltas na terça-feira (5) e vão responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar, em liberdade.

As duas mulheres presas em flagrante tiveram a prisão temporária convertida para preventiva pela Justiça no dia 28 de outubro. Desde o final de outubro que elas estavam presas, até a Justiça conceder o relaxamento de prisão, neste início de novembro.

Caso

O crime aconteceu no dia 25 de outubro. As irmãs alegaram ter tido uma visão e entraram no quarto onde estava internado o irmão Almiro Pereira Neves, de 43 anos.

Segundo a polícia, Zelita, que mora no interior de São Paulo, disse em depoimento que teve uma visão e viajou até Guanambi na intenção de salvar o irmão. Em depoimento na delegacia da cidade, Zelita e Marliete disseram que agiram após ordem do pastor da igreja em que congregam. Esse pastor estava do lado de fora do hospital, antes das duas entrarem na unidade de saúde.

De acordo com o diretor médico do Hospital Regional de Guanambi Juan Castellanos, Zelita e Marliete chegaram ao Hospital Regional de Guanambi fora do horário de visita e pediram para ver o irmão, que estava internado na emergência.

Almiro Pereira Neves estava estava internado na sala da emergência da unidade médica desde o dia 21 de outubro. Ainda segundo a polícia, as irmãs entraram na unidade, desligaram a luz e na sequência os aparelhos que mantinham ele vivo.

A acompanhante de um idoso que também estava internado na cama ao lado da de Almiro percebeu a movimentação estranha e chamou os funcionários do hospital. Conforme os médicos, a situação de Almiro era grave. Ele não podia ficar sem a medicação e nem os aparelhos que o auxiliavam na respiração.

Fonte: G1
 

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