Saúde

Pneumologista alerta sobre uso do cigarro eletrônico

Para a pneumologista Dra. Larissa Voss Sadigursky, Membro da Sociedade Baiana de Pneumologia, é importante ficar atento aos malefícios que o cigarro eletrônico pode trazer.

13/09/2019 às 18h23, Por Kaio Vinícius

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A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) publicou nota oficial informando que acompanha com preocupação o surgimento de um grande número de casos de uma doença respiratória nos Estados Unidos, ainda sem esclarecimento definitivo. A provável causa das mortes seria o uso do cigarro eletrônico, em substituição ao tabaco.

Para a pneumologista Dra. Larissa Voss Sadigursky, Membro da Sociedade Baiana de Pneumologia, é importante ficar atento aos malefícios que o cigarro eletrônico pode trazer.

"Ele possui várias substâncias, alguns podem conter nicotina e até componentes da maconha (THC ou CBD)", explica a médica. Além disso, na produção do vapor emitido pelo cigarro, os gases que são inalados possuem elementos que podem fazer mal para o pulmão causando alterações na função respiratória.

A especialista orienta sobre os vários métodos que podem ser utilizados para deixar de fumar, desde a parada abrupta até o suporte de produtos à base de nicotina, as chamadas terapias de reposição. "Para que haja um tratamento efetivo, é necessário o envolvimento de três aspectos: físico, psicológico e comportamental, mas é importante a avaliação médica de um pneumologista para indicar qual o tratamento ideal para cada paciente", esclarece.

Veja os meios de substituir o cigarro de forma saudável:

– Cortar gatilhos do fumo: álcool e café;

– Fazer atividades físicas regularmente;

– Manter uma dieta regular: frutas picadas, água de coco, cenoura crua, aipo;

– Evitar doces e alimentos gordurosos;

– Procurar apoio de um médico pneumologista;

– Substituir por medicamentos como adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.

Uso do Narguilé tem aumentado entre o público jovem

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), no Brasil, mais de 212 mil brasileiros admitem usar o narguilé. Desses 112 mil, 53% fumam esporadicamente, enquanto 27,5 mil (13%) fazem uso uma vez por mês, 57,2 mil (27%) semanalmente e 14,8 mil (7%) afirmam realizar o consumo diariamente.

Entre aqueles que informaram fumar o narguilé diariamente, 63% estão na faixa etária entre 18 e 29 anos, o que demonstra que os jovens são os maiores usuários do narguilé.

Dra. Larissa Voss Sadigursky afirma que o consumo de narguilé pode contribuir para o surgimento de doenças respiratórias, coronarianas e de alguns tipos de câncer, como de pulmão, boca, bexiga e a leucemia. "Além disso, o narguilé pode gerar dependência devido às altas doses de nicotina", completa. Estudos também apontam que 45 minutos de sessão acarreta a elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Outro alerta importante relacionado ao uso diz respeito aos riscos de saúde relacionados não apenas ao consumo do tabaco, como também ao surgimento de doenças infectocontagiosas em razão do hábito de compartilhamento bucal entre os usuários.

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