Variedades

Mala cápsula: a solução para não despachar a mala de mão

Até o final de junho, quem quisesse embarcar nesses terminais podia ultrapassar as dimensões exigidas pela agência por causa da ausência de fiscalização.

Acorda Cidade

Os aeroportos de Cumbica (Guarulhos, em São Paulo) e Luís Eduardo Magalhães (Salvador, Bahia) começaram a exigir no começo deste mês que os passageiros despachem as malas de mão que não atenderem às dimensões estipuladas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Até o final de junho, quem quisesse embarcar nesses terminais podia ultrapassar as dimensões exigidas pela agência por causa da ausência de fiscalização. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), as medidas da bagagem de mão são 55 centímetros (cm) de altura, 35 cm de largura e 25 cm de profundidade e foram padronizadas pelas empresas para melhor acomodação, conforto e segurança. A entidade afirma que as dimensões estão em conformidade com as regras internacionais da Associação Internacional de Transporte (Iata), entidade que representa as companhias aéreas em todo o mundo.

Agora, porém, as malas despachadas terão uma cobrança extra cujo valor caria de acordo com as companhias aéreas — nunca menos do que R$ 59. Os passageiros com malas que ultrapassem as medidas são orientados a retornar ao guichê de check-in da empresa e despachar a bagagem.

Nos aeroportos Juscelino Kubitschek, em Brasília; Viracopos, em Campinas; Afonso Pena, em Curitiba; e Aluízio Alves, em Natal, as cobranças começaram em abril, após duas semanas de orientação aos usuários. Semanas depois, os procedimentos foram adotados nos terminais Val-de-Cans–Júlio Cezar Ribeiro, em Belém; Confins, em Belo Horizonte; Pinto Martins, em Fortaleza e Guararapes–Gilberto Freyre em Recife. 

Nos fóruns de viagens online, porém, já pipocam dicas para fazer as chamadas malas cápsulas, isto é, pequenas bolsas que atendem o regulamento dos aeroportos. "Uma mala cápsula bem feita pode durar dias infinitos de viagem, claro, levando em consideração o acesso a locais para lavar as suas roupas", escreveu a blogueira Vivi Cardinali, do blog Menos Um Lixo.

Segundo ela, algumas dicas básicas antes de montar uma mala pequena é avaliar as atividades que serão feitas durante a viagem (um período no exterior a trabalho é diferente de um feriado prolongado no interior, por exemplo) e escolher uma paleta de cores das peças. Além disso, ela alerta para a necessidade de elaborar uma tabela com as temperaturas médias dos destinos segundo cada dia de viagem.

"Minhas sugestões de mala [para mulheres] sempre levam em consideração o máximo de aproveitamento das partes de cima, ou seja, tops, camisetas, camisas e mesmo os vestidos e macacões, porque costumam sujar mais e porque algumas pessoas se importam de repetir muitas vezes as partes de cima da roupa", indica ela. As partes de baixo, que como shorts, saias e calças, podem ser repetidas com mais frequência.

Em alguns casos, vale até algumas técnicas mais específicas, como o "desodorante de roupas", mas geralmente os conselhos são simples. "Dá para lavar roupa até no chuveiro do hotel: basta lembrar de levar um sabão de coco que, no final, pode ser usado para lavar o cabelo também", finaliza.