Feira de Santana

Justiça nega mais uma vez pedido de exumação do crânio de Gabrielly

O advogado Erdeson Giacomose informou que a família tem esperança de que a menina esteja viva e que os novos exames pudessem dar outro resultado, mas o pedido foi negado e não cabe mais recurso.

Justiça nega mais uma vez pedido de exumação do crânio de Gabrielly Justiça nega mais uma vez pedido de exumação do crânio de Gabrielly Justiça nega mais uma vez pedido de exumação do crânio de Gabrielly Justiça nega mais uma vez pedido de exumação do crânio de Gabrielly

Andrea Trindade

A justiça negou, pela segunda vez, o pedido para a exumação do crânio identificado por meio de exame de DNA, da menina Gabrielly Gomes, de 7 anos. Ela desapareceu em 21 de janeiro de 2017, quando brincava perto de casa em um residencial no bairro Gabriela, em Feira de Santana, e no dia 14 de fevereiro do mesmo ano, um crânio foi encontrado no Anel de Contorno, perto do Conjunto Feira IX, a cerca de 5 Km de distância de onde ela desapareceu.

O pai de Gabrielly, o pedreiro Joilson Santana, afirmou que entrou com o pedido de exumação do crânio, após o enterro da filha, quando parou para ver as fotos da menina e compará-las com fotos do crânio encontrado. Segundo ele, na foto do cartaz do desaparecimento de Gabrielly, feita em 29 de dezembro de 2016, a filha estava sem alguns dentes superiores porque estava em processo de troca de dentição.
Nas fotos do crânio, enviadas à família pela polícia, de acordo com Joilson, o crânio está com todos os dentes. Ele contou que essa análise das fotografias, fez com que surgisse a esperança de que o crânio não fosse de Gabrielly, e que ela não esteja morta.

Exames atestam a identificação e decisão não cabe recurso

O advogado Erdeson Giacomose informou que a família tem esperança de que a menina esteja viva e que os novos exames pudessem dar outro resultado, mas o pedido foi negado e não cabe mais recurso. Porém na decisão, divulgada na semana passada, consta que os exames periciais realizados são aptos e suficientes para atestarem, com expressivo percentual de certeza, de que os restos mortais são da garotinha.

“Na primeira sessão, a desembargadora, Drª Inês, trouxe muita alegria para a gente porque achávamos que iria deferir, mas na outra semana fomos lá, e foi negado. Infelizmente aconteceu isso, através da justiça, a única que poderia determinar o exame de exumação para provar que realmente aquele crânio não é de Gabrielly. Mesmo com a resposta negativa, no pensamento e no coração da gente aquele crânio não é dela. Infelizmente esse tipo de apelação não cabe recurso para o Supremo Tribunal”, informou o advogado ao Acorda Cidade.

Ele destacou que a família não tem condições de arcar com os procedimentos e que por isso entrou na justiça para que o estado fizesse a exumação e refizesse os exames. Ainda segundo o advogado, o delegado Roberto Leal, coordenador regional de polícia, infirmou que o caso ainda não está encerrado. Até agora nenhum suspeito foi preso.

“Para o pai e para a mãe, ela não está morta. Eles ainda têm esperança de que a filha esteja viva. Durante a sessão lá em Salvador, o pai estava presente com a gente, e enquanto nós comunicamos o resultado ele saiu transtornado com os olhos cheios de lágrimas, por causa da decisão. Na minha opinião, provando realmente que aquele crânio não é de Gabrielly, aí claro que automaticamente, a gente, não pelo lado financeiro, mas eu iria entrar com uma ação contra o estado para que responda contra a perícia que foi feita. Se fosse feita a exumação e provasse que não era ela, imagine a vergonha que o estado iria passar”, afirmou Erdeson Giacomose.

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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade