Como o ensino da arte pode fazer a diferença na formação das crianças

^{Acorda Cidade}

Quem faz curso de pedagogia sabe a importância que algumas disciplinas têm no desenvolvimento infantil. A arte é uma delas. O conceito é amplo e pode englobar desde desenho e pintura até música e dança. Todas essas e outras expressões artísticas podem colaborar para o desenvolvimento psicológico, social e físico de uma criança em diferentes faixas etárias, inclusive na alfabetização.

Quando os bebês possuem meses de vida, a arte se expressa por meio das histórias lidas pelos pais e por livros coloridos e de música. Todos esses artefatos colaboram para o desenvolvimento da fala e da compreensão do mundo, além de ser uma forma de se divertir. Quando elas possuem um ano ou mais, começam a rabiscar no papel, o que é uma forma de treinar para começar a desenvolver a escrita, contribuindo para o papel da alfabetização.

A prática dos desenhos em suas diferentes expressões – com giz de cera, com o dedo ou com o lápis -, estimula a criatividade e dão vazão à imaginação da criança. Com esse recurso, elas podem demonstrar a sua interpretação do mundo e transpor a imaginação para a realidade. Esse também é um jeito de socializar com outras crianças e de desenvolver laços socioemocionais. Inventar histórias e cantarolar também é uma forma de comunicar as emoções sentidas. As expressões artísticas, em suas diferentes facetas, contribuem para a capacidade de enxergar o mundo com outros olhos, e, com isso, a desenvolver soluções novas para velhos problemas.

A dança e o teatro também são atividades muito importantes para diversas fases do desenvolvimento infantil. Com as aulas é possível estimular a consciência corporal, o desenvolvimento motor, a criatividade e um maior senso crítico sobre o mundo ao seu redor. No caso do teatro, a criança passa a reconhecer a si mesmo e aos outros e cria um novo significado sobre a realidade a partir das peças ficcionais ou da interpretação de histórias de outras épocas da humanidade.

A dança ajuda a criança a entender os próprios limites do corpo, a desenvolver outros sentidos, como o tato, além de promover uma interação mais valiosa com outras pessoas. A arte, com todas essas ramificações, deve ser estimulada por educadores, pelos pais e responsáveis, a fim de promover esses aprendizados físicos e socioemocionais. Independentemente da atividade praticada, de forma lúdica ou com aulas com um cronograma pedagógico, essa área do conhecimento precisa estar presente na vida das crianças.