Viagens

Classe C prefere viajar do que comprar: como isso impacta às empresas de seguro de viagem?

O que se percebe é a necessidade de uma mudança de paradigmas nas organizações.

27/03/2019 às 14h57, Por Rachel Pinto

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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva relevou que a Classe C prefere viajar do que comprar, representando quase 60% das intenções de compra deste público. Esta informação leva a refletir no impacto gerado às empresas do setor.

Segundo Renato Meirelles, presidente do instituto, tão importante quanto este dado é compreender que o maior mercado consumidor do país não é a classe A, B ou C, mas sim as pessoas com mais de 50 anos. Ironicamente, este é o público menos priorizado pelas empresas em suas estratégias de marketing.

O que se percebe é a necessidade de uma mudança de paradigmas nas organizações. Fazer uma campanha publicitaria de viagens focando somente no público jovem pode até ter resultado, mas não alcança justamente o público que está mais disposto a consumir este tipo serviço.

Com a idade, diminuição das responsabilidades com a criação dos filhos e a aposentadoria, muitos adultos acima de 50 anos e idosos aumentam consideravelmente a frequência de viagens realizadas por ano. No entanto, será que as empresas estão prontas para atender esta nova demanda?

Para encontrar a resposta, é preciso pensar no que o público em questão procura. As experiências desejadas durante a viagem são bastante variáveis de acordo com a pessoa, mas, no geral, todos procuram praticidade e rapidez na hora de decidir os itens primordiais antes de embarcar.

Pensar nos idosos como pessoas distantes da tecnologia é um grande erro. Eles estão cada vez mais conectados e buscam a internet como forma de facilitar o dia a dia. Fornecer meios fáceis de acesso a informação, com linguagem simples e acessível, deve ser uma preocupação constante das empresas.
Oferecer um comparador de preços de preenchimento descomplicado facilita a análise e tomada de decisão, e isso serve para todos os públicos.

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo mostra que os idosos com mais de 60 anos já representam mais de 15% da carteira das agências de viagem, tendo feito mais de 18 milhões de viagens em 2015. Hoje este número é ainda maior, frente ao reaquecimento da economia brasileira.
Destas viagens, a grande maioria tem como destino o próprio território nacional. São viajantes com tempo, dinheiro e recursos para investir e isso não deve ser ignorado.

O que este cenário representa para as empresas de seguro de viagem?

Para as seguradoras de viagem o novo perfil e comportamento de compra representam uma mudança na forma de atuação, de modo a melhor atender todos os públicos. Oferecer informação clara sobre seguro internacional de viagem, bem como opções nacionais, é importante, mas não é a única tarefa.

É preciso dispor de uma equipe treinada para sanar quaisquer tipos de dúvidas durante o processo de compra, prezando pela qualidade do atendimento e não somente pela concretização das vendas. Trata-se de um público com poder de compra, mas que prioriza o bom atendimento para fechar negócio.

Além disso, deixar claro todo o diferencial do produto, como as assistências em caso de extravio de bagagem, cancelamento de voo, atendimento médico e despesas farmacêuticas, agrega valor ao produto, facilitando uma visão global do custo-benefício.

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