Em greve, professores da rede municipal vão ao MP e fazem exposição de merenda escolar ao lado da prefeitura

^{Acorda Cidade}

Os professores da rede municipal de ensino, de Feira de Santana, que estão em greve desde o dia 11 de março, estiveram na manhã desta terça-feira (26), no Ministério Público Estadual para buscar uma resposta sobre a solicitação de mediação, para negociação com o prefeito Colbert Martins Filho.

A solicitação foi feita no último dia 20 baseado na Resolução 02, de 28 de maio de 2009, do Conselho Nacional de Educação, que fixa as diretrizes nacionais para a reformulação e remuneração dos profissionais do magistério da educação básica pública. O Promotor de Justiça, Audo da Silva Rodrigues, remeteu a solicitação a Procuradora-Geral da Justiça do Estado e a categoria agora aguarda o resultado do pedido.

Pela tarde os profissionais da educação fizeram um ato ao lado da Prefeitura Municipal, onde fizeram uma exposição de alimentos, que segundo eles, são oferecidos para os estudantes da Rede Municipal, e que não seguem o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Fotos: Ascom/APLB

“A primeira diretriz incluída na lei determina que a alimentação saudável e adequada deve ser empregada compreendendo o uso de alimentos variados, seguros e que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares do aluno — em conformidade, inclusive, com sua faixa etária e seu estado de saúde. Contudo, não é o que vemos nas Escolas do Município, onde muitas vezes as crianças tem apenas biscoito com suco ou cuscuz ou soja para a alimentação. A alimentação é o princípio básico da saúde, por isso é importante que desde a infância seja enfatizado o consumo de uma dieta balanceada, para que a criança tenha um correto crescimento e desenvolvimento. Como estamos sempre enfatizando a nossa greve não é apenas por salário. Nós trabalhadores em educação lutamos pela Reformulação do Plano de Carreira Unificado, que é nosso direito garantido por lei que já se arrasta há dez anos. Mas nossa luta vai além, somente escolas estruturadas, com as condições necessárias para nossos estudantes e profissionais valorizados, poderão garantir a melhoria da qualidade na educação e da nota do IDEB. Lutamos por nossa dignidade e a dignidade dos nossos estudantes”, informou a APLB por meio da assessoria de imprensa.

A greve continua e nesta quarta-feira (27) os professores estarão na Praça do Nordestino, a partir das 9h, para conversar com a população sobre a situação da Educação em Feira de Santana.