Feira de Santana
Professores protestam com bolo de aniversário; prefeito considera a greve ilegal
Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), afirmou que a categoria não vai suspender a greve mediante ameaças e imposições.
18/03/2019 às 15h40, Por Rachel Pinto
Rachel Pinto
Os professores da rede municipal de ensino que estão em greve desde segunda-feira (11), ocuparam a Câmara Municipal de Vereadores mais uma vez nessa segunda-feira (18) para protestar sobre questões da pauta de reivindicações da categoria, entre elas o reajuste salarial e a reformulação do plano de carreira. Como forma de protesto, os professores levaram para a galeria da câmara um bolo de cinco andares para marcar os dez anos da reivindicação sobre a reformulação do plano de carreira. O projeto do rejuste salarial da categoria foi lido na manhã de hoje na câmara, mas não chegou a ser votado. O prefeito Colbert Martins da Silva declarou que a proposta só poderá entrar em votação depois que a greve acabar.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), afirmou que a categoria não vai suspender a greve mediante ameaças e imposições e o objetivo dos professores é reivindicar os seus direitos.
“Desde o dia (11), fomos ao prefeito junto com a comissão e ele ficou de dar uma resposta. No entanto, não deu. A vereadora Eremita Mota que é presidente da comissão disse que também está aguardando a resposta. A greve não é só pelo reajuste. O primeiro ponto é a reformulação do plano de carreira, que completa dez anos da nossa luta. Tivemos assembleia na sexta-feira e categoria foi unânime em manter a greve”, disse.
A sindicalista frisou também que os professores vão ocupar a Câmara Municipal até que haja um posicionamento do prefeito. “Vamos ficar aqui por tempo indeterminado”, comentou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
O prefeito Colbert Martins informou que a prefeitura já fez tudo que poderia ser feito em relação a pauta de reivindicações dos professores. Ele frisou que entrou com um pedido na justiça para julgar a ilegalidade da greve.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Eu espero que os professores encerrem a greve e esse tipo de movimento que só pode prejudicar os 49 mil alunos da rede municipal. Até o aumentos nós estamos dando aos professores o aumento de 4,17% conforme prevê o Ministério da Educação para o reajuste do piso. É um aumento extremamente importante e pesado para as nossas finanças. Nós entendemos que possa ser um investimento importante para os alunos. Uma greve desse tipo contra os alunos da rede municipal só pode ser uma greve política”, ressaltou.
Colbert relatou ainda que a prefeitura não pode permitir a reformulação do plano de carreira no momento porque o plano exige que qualquer modificação seja feita para todos os servidores públicos e não apenas os servidores da educação. De acordo com ele, esse fator aumenta muito os gastos da prefeitura e pode provocar um impacto significativo, levando inclusive ao descumprimento da lei de responsabilidade fiscal. Ele acrescentou que os professores que não estão trabalhando não vão receber o pagamento.
Com informações dos repórteres Ed Santos e Paulo José do Acorda Cidade.
Leia também: Projeto que autoriza reajuste salarial dos professores só será votado após fim de greve
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