Feira de Santana

Projeto Polvos Amigos ajuda no tratamento de recém-nascido

O projeto tem consiste na fabricação de polvos feitos de crochê com linhas de fio 100% algodão. Os brinquedos são colocados dentro das incubadoras para que as crianças interajam naturalmente com os tentáculos, o que segundo psicólogos, dá mais segurança ao bebê.

12/04/2017 às 17h59, Por Maylla Nunes

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Os recém-nascidos que estão internados na UTI do Hospital Inácia Pinto dos Santos – o Hospital da Mulher – ganharam um tratamento de reforço desde a última segunda-feira (10). O projeto Polvos Amigos foi implantado na unidade de saúde e é uma iniciativa importada da Dinamarca.

O projeto tem consiste na fabricação de polvos feitos de crochê com linhas de fio 100% algodão, com oito tentáculos de 22 cm de comprimento. Os brinquedos são colocados dentro das incubadoras para que as crianças interajam naturalmente com os tentáculos, o que segundo psicólogos, dá mais segurança ao bebê.

A iniciativa ainda está em fase experimental no HIPS, que atualmente conta com oito leitos de UTI e sete leitos de Unidade de Complexidade Intermediária (UCI). Para que os polvos sejam utilizados com segurança eles precisam ser esterilizados a cada 5/7 dias sempre com água superior a 60º. Quando recebem alta, os polvos podem ser levados para casa.

“São bebês que ainda precisam de ventilação mecânica, uso de medicamentos e ainda estão em estado grave. Mesmo que sejam ainda muito pequenos eles fazem a interação com o polvo, o que também refletem muito nas mães”, afirmou a coordenadora do Bloco Neonatal, Joelma Moura.

O projeto tem embasamento técnico comprovado. Os tentáculos remetem ao cordão umbilical e reproduzem, de certa forma, o ambiente do interior do útero. Os recém-nascidos passam a segurar os tentáculos como faziam com o cordão umbilical antes do parto. Isso favorece as conexões neuronais e ajuda a regular a frequência respiratória e cardíaca.

As grandes incentivadoras do projeto são as funcionárias do HIPS, que fazem a confecção dos polvos de forma voluntária. Elas contam com a ajuda também das mães da Casa da Puérpera e Método Canguru. Os pontos de crochê e o modelo foram ensinados por artesãs funcionárias da instituição.
 

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