Desperdício

Engenheiro diz que água de escavação de Tunnel Liner é inadequada para o consumo

O Tunnel Liner é uma rede subterrânea, não destrutiva, que está sendo construída pela Prefeitura de Feira de Santana para captar e escoar a água da chuva nas duas trincheiras.

08/03/2017 às 17h47, Por Andrea Trindade

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Quem passa pela Avenida Presidente Dutra, em Feira de Santana, vê uma grande quantidade de água desperdiçada no trecho da obra do Tunnel Liner. A cena causa indignação, principalmente, em um momento em que a cidade passa por um período longo de estiagem. A prefeitura, no entanto, diz que não há desperdício de água, porque ela é retirada do lençol freático daquela área e redirecionada para o rio Jacuípe ao entrar na rede de coleta.

Além da água, outro fator que tem incomodado quem passa pelo local são os buracos. Muitos apareceram no trecho da obra e têm gerado muitas reclamações.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade (arquivo)

Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), o engenheiro João Vianey, responsável, por parte da prefeitura, pelo gerenciamento da construção do BRT, informou que o material que é misturado à água retirada durante a escavação dos PV (Ponto de Visita), parte estruturante do Tunnel Liner, torna o produto inadequado para o consumo humano, de animais, bem como ter outras destinações, como irrigar praças e jardins.

O Tunnel Liner é uma rede subterrânea, não destrutiva, que está sendo construída pela Prefeitura de Feira de Santana para captar e escoar a água da chuva nas duas trincheiras. Terá cerca de 2,4 quilômetros de extensão.

“Quando a água é bombeada, parte de material em suspensão vai junto, que deixa a sua utilização e consumo inadequados”, afirmou o engenheiro à Secom.

O material em suspensão são as partículas não dissolvidas, encontrado suspenso no corpo d`água, composto por substâncias inorgânicas e orgânicas, incluindo-se aí os organismos planctônicos. Sua principal influência é na diminuição na transparência da água, impedindo a penetração da luz.

O material em suspensão impede o consumo de humanos e animais e, quando usado para molhar jardins, por criar um acamada nas folhas, interfere diretamente na fotossíntese das plantas, segundo João Vianey. “Daí a decisão de direcionar toda água para a rede de coleta. A água permanece na Bacia do Jacuípe, mantendo o equilíbrio”, explicou.

Para que o produto seja utilizado com segurança, disse ainda o engenheiro, ele deve estar estabilizado, limpo.
 

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