Feira de Santana

Crianças autistas participam de manhã interativa com os pais no HEC

A equipe multiprofissional, composta por nutricionista, terapeuta ocupacional, neuropediatra, pediatra, enfermeiro e fonoaudiólogo, realizou atividades lúdicas e educativas.

05/03/2016 às 15h19, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Cerca de 30 crianças com autismo e seus pais participaram na manhã deste sábado (5) de um encontro no Hospital Estadual da Criança (HEC).

Denominado “Manhã interativa” o encontro foi realizado pelo grupo multiprofissional do programa Rotary Saúde Móvel Novo Mundo, numa parceria entre a Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, que administra o HEC, e o Rotary Club International.

A equipe multiprofissional, composta por nutricionista, terapeuta ocupacional, neuropediatra, pediatra, enfermeiro e fonoaudiólogo, realizou atividades lúdicas e educativas. De acordo com a gerente operacional do HEC, Lívia Macedo, quanto mais interação com os pais melhor é a evolução do autista.

“A gente vê a importância da interação entre a mãe e a criança e quanto mais conhecimento ela tiver menos complicações a criança terá. A gente vê o valor de ter um momento em que possamos não ensinar, porque essas mães já acompanham seus filhos no dia-a-dia e já conhecem muito bem os filhos delas, mas de passar a parte profissional da relação entre eles”, disse.

Rosângela Veiga é mãe de Artur. Ele tem cinco anos e foi diagnosticado com autismo há cerca de dois anos e meio. De acordo com a mãe, ele teve uma boa evolução com a rotina repleta de atividades. Hoje ele vai ao banheiro sozinho e também já sabe comer sem a ajuda da mãe.

“Ele tem uma rotina de fazer terapia ocupacional, hidroterapia, fonoaudiologia e equoterapia e vemos muito avanços nele. É claro que o autista tem uma dificuldade no aprendizado que é um pouco mais lento, mas ele já aprendeu bastante coisa. Ele não é verbal, mas conseguimos nos comunicar com ele através de gestos. Ele já sabe até ir ao banheiro sozinho e comer sozinho”, comemorou a mãe.

Rosângela disse que o tratamento ajuda a proporcionar uma vida mais comum ao autista e que os pais percebem o transtorno em pequenos comportamentos das crianças, mas alertou que a certeza do diagnóstico só é obtida através de uma avaliação médica especializada.

“Como mãe e falando de maneira leiga eu comecei a perceber o autismo pela ausência da fala, que é uma característica que já foi ate excluída, mas existe algumas outras maneiras de perceber, que é esta falta de comunicaçãocom outra criança, às vezes tem uma certa vontade de ficar olhando muito tempo para um ventilador ou lâmpadas. São em pequenas coisas que se percebe, mas o ideal é realmente levar ao neurologista para avaliar a criança”, informou.

Fotos e informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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