Feira de Santana

Crianças autistas participam de manhã interativa com os pais no HEC

A equipe multiprofissional, composta por nutricionista, terapeuta ocupacional, neuropediatra, pediatra, enfermeiro e fonoaudiólogo, realizou atividades lúdicas e educativas.

Crianças autistas participam de manhã interativa com os pais no HEC Crianças autistas participam de manhã interativa com os pais no HEC Crianças autistas participam de manhã interativa com os pais no HEC Crianças autistas participam de manhã interativa com os pais no HEC

Andrea Trindade

Cerca de 30 crianças com autismo e seus pais participaram na manhã deste sábado (5) de um encontro no Hospital Estadual da Criança (HEC).

Denominado “Manhã interativa” o encontro foi realizado pelo grupo multiprofissional do programa Rotary Saúde Móvel Novo Mundo, numa parceria entre a Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, que administra o HEC, e o Rotary Club International.

A equipe multiprofissional, composta por nutricionista, terapeuta ocupacional, neuropediatra, pediatra, enfermeiro e fonoaudiólogo, realizou atividades lúdicas e educativas. De acordo com a gerente operacional do HEC, Lívia Macedo, quanto mais interação com os pais melhor é a evolução do autista.

“A gente vê a importância da interação entre a mãe e a criança e quanto mais conhecimento ela tiver menos complicações a criança terá. A gente vê o valor de ter um momento em que possamos não ensinar, porque essas mães já acompanham seus filhos no dia-a-dia e já conhecem muito bem os filhos delas, mas de passar a parte profissional da relação entre eles”, disse.

Rosângela Veiga é mãe de Artur. Ele tem cinco anos e foi diagnosticado com autismo há cerca de dois anos e meio. De acordo com a mãe, ele teve uma boa evolução com a rotina repleta de atividades. Hoje ele vai ao banheiro sozinho e também já sabe comer sem a ajuda da mãe.

“Ele tem uma rotina de fazer terapia ocupacional, hidroterapia, fonoaudiologia e equoterapia e vemos muito avanços nele. É claro que o autista tem uma dificuldade no aprendizado que é um pouco mais lento, mas ele já aprendeu bastante coisa. Ele não é verbal, mas conseguimos nos comunicar com ele através de gestos. Ele já sabe até ir ao banheiro sozinho e comer sozinho”, comemorou a mãe.

Rosângela disse que o tratamento ajuda a proporcionar uma vida mais comum ao autista e que os pais percebem o transtorno em pequenos comportamentos das crianças, mas alertou que a certeza do diagnóstico só é obtida através de uma avaliação médica especializada.

“Como mãe e falando de maneira leiga eu comecei a perceber o autismo pela ausência da fala, que é uma característica que já foi ate excluída, mas existe algumas outras maneiras de perceber, que é esta falta de comunicaçãocom outra criança, às vezes tem uma certa vontade de ficar olhando muito tempo para um ventilador ou lâmpadas. São em pequenas coisas que se percebe, mas o ideal é realmente levar ao neurologista para avaliar a criança”, informou.

Fotos e informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade