Novo reitor da Uefs toma posse nesta segunda em Salvador

^{Daniela Cardoso e Ney Silva}

O professor Evandro do Nascimento Silva é o novo reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Ele será empossado no cargo nesta segunda-feira (18) na Governadoria, em Salvador. Na última sexta-feira (15), durante solenidade, houve a transmissão do cargo que era ocupado pelo professor José Carlos Barreto de Santana. Compareceram ao evento professores, estudantes, servidores, representantes do município e do estado, entre outras autoridades.

O novo reitor garantiu, em entrevista ao Acorda Cidade, que fará uma gestão transparente, democrática e ética e disse que vai dar continuidade ao trabalho realizado pela equipe anterior, buscando dar resposta à comunidade, apesar das adversidades estruturais, como falta de pessoal, não realização de concurso, redução orçamentária e a greve dos professores que vem ocorrendo na Uefs e nas três outras universidades baianas.

Evandro do Nascimento Silva acredita que fará um bom trabalho na área de ensino, pesquisa e extensão, que vai priorizar algumas ações de melhorias na infraestrutura da tecnologia de informação, que vai incluir a elaboração de um plano diretor do campus universitário, trabalhando a extensão, a cultura, estreitando o diálogo entre a Uefs e a sociedade.

O reitor José Carlos Barreto, que deixou a reitoria após oito anos de gestão, ao fazer uma avaliação do trabalho dele e da equipe, disse que deixa uma universidade mais democrática, mais plural, com melhor qualidade e mais socialmente referenciada. Ele destacou a estrutura de cursos que tem atualmente na Uefs.

“Em termos numéricos, a universidade tem 28 cursos de graduação, 32 de pós-graduação stricto sensus (mestrado e doutorado), além de um número muito grande de projetos de extensão”, afirmou. Segundo José Carlos Barreto, “a Uefs cresceu e é hoje uma comunidade de 12 mil pessoas, que trabalham para construir essa grande instituição”.

Na solenidade, o governo do estado enviou a Feira de Santana o coordenador de ensino superior da secretaria estadual de Educação, Paulo Pontes. Questionado sobre a crise financeira enfrentada pelas quatro universidades baianas, ele informou que a secretaria está elaborando algumas alternativas para negociar com os professores, ressaltando que algumas questões não podem ser atendidas. Paulo Pontes citou como exemplo a vinculação do orçamento à receita líquida de impostos e que isso depende de uma decisão política, em um nível muito elevado.

Segundo Paulo Pontes, o governo do estado, assim como o governo federal, estão com dificuldades financeiras e terá dificuldades até mesmo de honrar os compromissos assumidos: “Atualmente se gasta 5,1 da receita líquida, aumentar para 7 significa elevar esse valor no orçamento de 38 a 40%, o que não é possível fazer em um momento de crise”, destacou. 

“Estamos com problema de arrecadação até mesmo para pagar o que já está no orçamento. De acordo com o coordenador, os recursos da secretaria de Educação em 2015 é 200 milhões de reais menor que os do ano passado e esse aumento reivindicado pelas quatro universidades significaria um acréscimo de 400 milhões de reais para essas instituições”, acrescentou. 

Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade